Blog do Flavio Gomes
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KOMBOSA TRIP, DIAS #5, #6 E #7

MONTEVIDÉU (Tasende é mais ou menos) – Falei do escapamento, creio. Que estava furado e tal. Ontem saímos pela manhã para encontrar Richard Gabrielzyk e seu filho Federico, na oficina onde por anos ficou minha Schnellaster, sob a guarda dos amigos. Há pouco tempo ela mudou de endereço. Richard é um velho camarada, especialista em […]

MONTEVIDÉU (Tasende é mais ou menos) – Falei do escapamento, creio. Que estava furado e tal. Ontem saímos pela manhã para encontrar Richard Gabrielzyk e seu filho Federico, na oficina onde por anos ficou minha Schnellaster, sob a guarda dos amigos. Há pouco tempo ela mudou de endereço.

Richard é um velho camarada, especialista em DKW. Tem coisas lindas na sua oficina, na 2 de Mayo, quase esquina com Rivera. Me atrapalhei no caminho, mas achamos.

O escapamento, então. Não tinha nada furado, apenas um lado meio solto no coletor, duas porcas e parafusos novos e tudo arrumado. Giclê de baixa sujo, também, um soprão e acabou. O ronco do boxer ficou melhor. E parou de morrer no farol.

Batemos aquele rango no Mercado, e claro que não podia faltar a clássica panqueque de manzana do L’Amitie. Depois batemos pernas, e acabamos a noite num pub espetacular do lado da Casa Tatu. E que puta show dos caras…

A sexta foi da clássica visita a uma bodega onde já tinha estado antes, e é muito bacana — principalmente porque tem uma coleção de carros antigos e lambretas, algumas brasileiras, além de um SAAB primo próximo do meu. Come-se bem, o vinho é bom, o dia de sol ajudou, fiquei amigo de um gato chamado Eneas, que passou boa parte do almoço no meu colo, e na volta demos uma chegada na praça em homenagem ao Che no Cerro, de onde se vê Montevidéu do alto.

Amanhã temos uma Fórmula E para assistir em Punta, portanto hora de dormir. Domingo, Tristán Narvaja para ver e comprar coisas do arco da velha, na maior feira de antiguidades do mundo. Segunda, Colônia — com churrasco e tudo.

E a Kombosa seguindo firme, já tendo passado dos 2 mil km rodados desde sábado passado. Mas parei de anotar quanto gastamos de gasolina, a quilometragem, os horários. Importante é que a Velha Senhora não apresentou nenhum problema sério, só bobagens que qualquer um resolve, até eu.

E vai fazer 50 anos, a mocinha.

PS: ah, faltou dizer um negócio importante de Santa Catarina. Além das Estátuas da Liberdade da cafonérrima Havan e dos prédios com grife de Balneário Camboriú que tiraram o sol da praia, descobrimos que em seu território fica o Triângulo da Depressão. É formado pelas cidades de Ermo, Turvo e Sombrio. Dá para acreditar que essas três cidades ficam coladas umas nas outras? Mas passamos sorrindo. Pelas três. Da estrada chamada Mário Covas o Estado está absolvido; foi um dos últimos atos de FHC batizar a BR 101 com o nome do ex-governador de São Paulo.