Blog do Flavio Gomes
DKW & cia.

CHICO

SÃO PAULO – Em 2001, eu já tinha DKW havia algum tempo. Existia um clube em São Paulo, mas digamos que ele nunca foi muito querido pelos que realmente amam o carro, a história da Vemag, aqueles que só querem que nossas pequenas maravilhas sobrevivam, seja como for. Então, conheci o Chico. Ele e o […]

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Chico (de óculos escuros) no Blauer Rauch 2008: um dos maiores entusiastas da marca, fundador do Três Cilindros Clube de São Paulo em 2001

SÃO PAULO – Em 2001, eu já tinha DKW havia algum tempo. Existia um clube em São Paulo, mas digamos que ele nunca foi muito querido pelos que realmente amam o carro, a história da Vemag, aqueles que só querem que nossas pequenas maravilhas sobrevivam, seja como for.

Então, conheci o Chico. Ele e o Zé Carlos, cada um com seu DKW, Chico com o 67 verde, Zé Carlos com a Vemaguet cinza, também 67. Foram os criadores do Três Cilindros Clube de São Paulo, que não pôde usar DKW no nome por causa daquele outro clube — um tanto segregacionista.

Imediatamente me identifiquei com a dupla, me associei ao Três Cilindros e por longos anos o Chico, que comprou seu primeiro DKW em 1987, tocou o barco com incrível paixão e enorme competência. Nosso clube se tornou o principal da marca no Brasil, encontros foram promovidos (como os inesquecíveis Blauer Rauch em Itu, 2008 e 2009), a participação no Blue Cloud foi maciça, novos associados chegaram, carros foram restaurados e trazidos de volta à vida.

Fiquei muito amigo do Gabriel, seu filho, que quando conheci devia ter o quê, uns 15 anos? Moleque apaixonado por carros, profundo conhecedor da marca, herdeiro legítimo do amor que o Chico tinha pelos dois tempos e pelos três cilindros que nos movem pelas horas, dias, semanas, meses e anos.

Francisco Zioli se foi segunda-feira aos 57 anos e a esta altura está fazendo fumaça por aí, como sempre com o motor reguladinho, o popopó abafado e gostoso de ouvir, o Belcar limpinho e encerado, e todos nós ficaremos por aqui morrendo de saudades de seu sorriso.