SÃO PAULO – Fiquei sabendo agora pelo “FlatOut” e estou arrasado. Um dos meus dois ídolos no automobilismo morreu ontem, aos 86 anos. Não sei onde. Procurei essa informação em tudo que é lugar, mas ninguém sabe onde Carlsson morreu.
Talvez porque tenha sido no mundo, apenas. Morreu na Terra Erik Carlsson, o maior piloto de rali de todos os tempos. O homem que levou a SAAB a vitórias no Mundial. Em Monte Carlo, inclusive, com seu modelo 96 de motor dois tempos e três cilindros, pipocando pelo Principado.
Carlsson capotava o carro de propósito e o desvirava com um empurrão. Não tente fazer isso se você não tiver um 96. Ou um de seus antecessores. Ou até um de seus sucessores, já com motor V4 quatro tempos, que encerraram a linhagem nascida em 1949 — carro desenhado por engenheiros que só sabiam fazer aviões e nem tinham carteira de motorista.
Os deuses dos dois tempos me permitiram ter um batizado justamente de Monte Carlo, homenagem às façanhas de Erik. Vou passar na garagem esta noite para dar a notícia.
Guardaremos um silêncio reverente.
