SÃO PAULO (vem, Mônaco!) – A imagem do GP da Espanha poderia ser essa aí em cima, para os mais fatalistas. Sob o título: pé no saco. Mas não estou entre os que acharam um porre completo. Gosto de algumas provas táticas como a de ontem, de acompanhar o esforço de um piloto e de uma equipe, décimo a décimo, para ganhar uma posição na base da estratégia — como fez Hamilton para superar Vettel e terminar em segundo, depois de uma largada que ele mesmo considerou “desastrosa”.
Mas vamos ao rescaldo catalão, lembrando que amanhã e depois tem teste de inter-temporada lá mesmo, em Barcelona.
– Hamilton deu uma longa entrevista ao “El País” e se disse espantado com o momento da McLaren. “Nunca imaginei ver a equipe tão perdida assim”, falou o inglês, que saiu das fraldas e foi adotado pelo time de Ron Dennis — pelo qual conquistou seu primeiro título, em 2008. “Mas não tenho dúvidas que vão reagir. A questão é saber quando.”
– Mas a McLaren está perdida mesmo. Button considerou sua corrida ontem “assustadora”. “Desse jeito, não vamos marcar pontos neste ano“, decretou. Dias sombrios para a equipe e para a Honda.
– Lewis também, falou, no fim de semana, sobre sua solteirice recente. “Sou campeão e estou cheio de garotas lindas“, disparou. E já está de olho em Mônaco. Na coletiva, enquanto Rosberg festejava o fato de que, na próxima corrida, pode encerrar o dia de trabalho e dormir em casa, Lewis disse que sua maior expectativa para Monte Carlo são… as garotas, de novo.
[bannergoogle]- Mulheres e conforto à parte, o que a Mercedes comemorou ontem, mesmo, foi ter enfiado mais de 40s no terceiro colocado, Vettel. Como eu disse na Malásia, a vitória do alemão lá foi muito particular e circunstancial. Portanto, não, não temos um campeonato.
– Sabem o que aconteceu com os freios de Alonso, que quase atropelou a equipe inteira no box? Uma sobreviseira, provavelmente dele mesmo, ficou presa num dos dutos de resfriamento do freio traseiro. Aí, foi o que todos vimos. Quando a fase é ruim, se chover Xuxa cai um Pelé no colo do espanhol.
– Na Red Bull, a crise é escancarada. Ricciardo já fala em sair, Helmut Marko diz que a dupla da Toro Rosso está trabalhando muito melhor e implora: se a Audi (sua parceira no DTM) não decidir entrar na F-1, a marca dos energéticos pica a mula.