SÃO PAULO (apostem) – Nelsinho Piquet x Lucas di Grassi. Com Sébastien Buemi correndo por fora. O primeiro tem 17 pontos de vantagem para o segundo e 23 para o terceiro. Serão 60 em jogo na rodada dupla de Londres, neste fim de semana. E, no domingo, conheceremos o primeiro campeão da história da Fórmula E — aqui, um raio-X da temporada feito pelo Pedro Henrique Marum conta tudo que aconteceu até agora.
As corridas começam, sábado e domingo, ao meio-dia. Treinos de classificação às 8h, horários de Brasília — vamos transmitir tudo no Fox Sports.
Acho que Nelsinho leva uma boa vantagem nessa disputa. Além dos pontos que lhe dão uma certa folga na classificação, é o piloto que mais cresceu na segunda metade do campeonato. E ainda contou com a desclassificação de Di Grassi em Berlim, que lhe deu uma boa mão.
Para torcedores brasileiros, é divertida a rivalidade entre os dois protagonistas do campeonato. Fazia tempo que não se via nada parecido em categorias de ponta. “De ponta, essa Fórmula E?”, vai perguntar alguém. Sim, já é. Chamou muito a atenção da mídia, teve bons públicos, grid de qualidade, provas interessantes. Tem quem não goste dos carros e de seu zumbido, mas é pura questão de gosto. Não se pode negar o sucesso desta primeira temporada, que tinha muita coisa potencialmente para dar errado — e acabou dando certo.
Tal sucesso se reflete na lista de pilotos inscritos, muitos deles com passagens recentes pela F-1, no interesse de dezenas de cidades pela categoria, no envolvimento de marcas como Renault, Michelin, Williams e McLaren, no prestígio amealhado em pouquíssimo tempo — Jean Todt foi visto em mais ePrix do que em GPs de F-1 nos últimos meses.
Não, a F-E não vai substituir a F-1. É bobagem estabelecer comparações, são competições de natureza técnica muito distinta. A F-E é uma novidade, uma ótima novidade para quem gosta de automobilismo. Simples assim. Ninguém precisa ter vergonha de achar a F-E legal.
Tudo isso à parte, vamos lá: como termina o campeonato, os três primeiros?
