Blog do Flavio Gomes
F-1

FOTO DO DIA

SÃO PAULO (saudades, sim) – Que surpresa boa, agora há pouco, ao abrir a página do amigo Sergio Louzão no Facebook. Na semana do GP da Hungria, ele postou esta foto que deve ser de… 1994? Talvez mais, 1995, no máximo 1996. Se bobear, 1992, 1993. Não sei direito. Budapeste, restaurante “Caviar”, entre aspas, mesmo, […]

SÃO PAULO (saudades, sim) – Que surpresa boa, agora há pouco, ao abrir a página do amigo Sergio Louzão no Facebook. Na semana do GP da Hungria, ele postou esta foto que deve ser de… 1994? Talvez mais, 1995, no máximo 1996. Se bobear, 1992, 1993. Não sei direito. Budapeste, restaurante “Caviar”, entre aspas, mesmo, porque é claro que tinha outro nome, mas a gente chamava de “Caviar” porque era onde comíamos… caviar, claro!

Ruim pra burro, nunca gostei, mas a gente se esbaldava no caviar do “Caviar”, bebendo vinho húngaro e saindo só quando o dono nos expulsava.

Antes de mais nada, vamos à turma da foto. De pé, da esquerda para a direita, Nilson César (Jovem Pan), Paulo Carcasci (o kartista), eu, o dono do restaurante, Reginaldo Leme (Globo), Elaine (então mulher do Louzão, que não aparece porque foi ele quem bateu a foto) e Roberto Cabrini (Globo). Agachados, no meio, Galvão Bueno (Globo) e Alex Ruffo (Speedway). Mais embaixo, Cândido Garcia (rádio Bandeirantes) e Jayme Britto (Globo).

A gente não tirava muitas fotos, na época. Por isso, sempre que aparece alguma dessa turma que cobria a F-1 na década de 90 é uma enorme alegria. Eu mesmo não tenho quase nada, as máquinas digitais eram raras e celular, quando havia, era apenas para telefonar.

Esperávamos o GP da Hungria o ano inteiro para poder ir ao “Caviar”. Em geral, na quinta-feira, véspera da abertura dos treinos. E era um perrengue danado, porque para mover multidões dá trabalho. Era o Regi que ainda não tinha tomado banho, o Alex que estava em outro hotel, o Candinho que brigava com o motorista de táxi, eu que me atrasava porque não tinha terminado de gravar boletins ou de mandar meus textos, uma zona desgraçada, mas no fim todos chegávamos mais ou menos na mesma hora e eram, sempre, noites inesquecíveis.

Numa delas, bebi muito além da conta e quando cheguei ao hotel o Candinho teve de me colocar debaixo do chuveiro e me dar um banho para ver se eu me recuperava. A ressaca na manhã seguinte foi daquelas cruéis, de querer morrer debaixo do sol implacável de Budapeste em agosto.

Bons tempos, é o que se diz nessas horas.

Bons mesmo.