Blog do Flavio Gomes
Motoland

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SÃO PAULO (quero muito uma dessas) – O Bruno Correia mandou a mensagem e a foto. Uma das coisas que me deixa encantado com o povo alemão é seu caráter prático, de arregaçar as mangas e consertar coisas por conta própria. Não gosto de ser reducionista, mas se no Rio ou São Paulo eu podia […]

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SÃO PAULO (quero muito uma dessas) – O Bruno Correia mandou a mensagem e a foto.

Uma das coisas que me deixa encantado com o povo alemão é seu caráter prático, de arregaçar as mangas e consertar coisas por conta própria. Não gosto de ser reducionista, mas se no Rio ou São Paulo eu podia contar nos dedos as pessoas do meu círculo social (classe média alta, branca, intelectualizada) que conseguiam fazer um furo na parede sem pedir ajuda, aqui parece que todo mundo tem uma caixa de ferramentas (e quem não tem parece ter vergonha de ter que pedir algo emprestado). Enfim, esse nariz de cera é para contar como esbarrei nessa moto. Fui beber com a minha vizinha alemã, e ela me contou sobre uma motocicleta produzida na DDR nos anos 1970 que ela comprou por uma pechincha há uns anos. A moto estava guardada e essa semana ela tirou do depósito, e começou a consertar para botar para circular (não há colecionismo envolvido). Fui ver a bichinha, e me surpreendi ao ver que era uma Simson (lembrei de um post seu de uns meses atrás). E fiquei pensando se daqui a quarenta anos alguma moto ou carro produzido hoje vai continuar rodando (ou terá condições de ser consertado por alguém sem ajuda profissional).

A partir de um despretensioso e-mail, o Bruno lança uma questão bem pertinente. Respondam vocês, enquanto eu fico admirando essa Simson maravilhosa — sim, terei uma, de algum jeito.