Blog do Flavio Gomes
F-1

SILVERSTONE, 1975

SÃO PAULO (caos total) – Quase deixamos passar batido o 40º aniversário da 14ª e última vitória de Emerson Fittipaldi na F-1. Foi em 19 de julho de 1975 em Silverstone. Ontem, portanto. Mas o resultado só foi homologado três dias depois, tamanha a confusão na corrida. Foi um GP marcado pela despedida de Graham […]

SÃO PAULO (caos total) – Quase deixamos passar batido o 40º aniversário da 14ª e última vitória de Emerson Fittipaldi na F-1. Foi em 19 de julho de 1975 em Silverstone. Ontem, portanto. Mas o resultado só foi homologado três dias depois, tamanha a confusão na corrida.

Foi um GP marcado pela despedida de Graham Hill das pistas, antes da largada. Tom Pryce, da Shadow, largou na pole com Pace ao seu lado na primeira fila. Emerson, na McLaren, defensor do título, estava em sétimo no grid. Silverstone teve seu traçado original, velocíssimo, alterado com a criação de uma chicane. Foi a primeira das muitas mudanças pelas quais a pista passaria ao longo dos anos.

A prova teve chuva, pista secando e, no fim, temporal. A coisa ficou tão complicada que seis carros bateram na mesma curva, um subindo em cima do outro. As imagens do vídeo abaixo mostram como a coisa era maluca nos anos 70, com carros de serviço e ambulâncias circulando em meio a competidores que ainda não tinham se estatelado em algum lugar.

Até que a direção de prova resolveu parar tudo. E Emerson foi declarado vencedor, com Pace em segundo e Scheckter em terceiro — embora ambos tivessem batido um pouco antes. Seis carros, apenas, estavam andando quando a bandeira vermelha encerrou a corrida. Na volta do líder, apenas… o líder! Dos seis primeiros na classificação oficial, os que pontuavam, quatro sofreram acidentes. Mesmo assim, como valeram as posições da volta anterior à da interrupção, acabaram ficando na frente de Brambilla, o sexto, que estava uma volta atrás.

Para ter uma ideia da zona que foi, é só dar uma olhadinha nos momentos finais daquele GP da Inglaterra. Fittipaldi, como aconteceu em muitas corridas na sua carreira, foi um sobrevivente. Se você tiver mais tempo, veja este compacto de meia hora aqui, enviado pelo Alessandro Neri com narração em português de Luciano do Valle — espetacular, diga-se. Era uma F-1 muito, mas muito diferente da de hoje — não há juízo de valor aqui, apenas uma constatação. O pódio, para se ter uma ideia, foi montado em cima de um caminhão e o vencedor recebeu seu troféu sem a presença do segundo e do terceiro colocados.

Outros tempos, tempos doidos.