SÃO PAULO – Muita gente está comentando, em tons quase histéricos, a morte de um homem de 63 anos ontem em Interlagos. Havia chegado ao fim um evento chamado “Radical Show”, com exposição de carros tunados e rebaixados e “campeonato de som”, quando um rapaz que alegadamente tinha brigado com a namorada e estava “nervoso” saiu em alta velocidade pela pista perimetral do autódromo e atropelou Laurindo Cândido Pinheiro, que não resistiu aos ferimentos.
É importante dizer que esse tipo de evento acontece em diversos sítios públicos, e que o atropelamento nada tem a ver com mau uso do autódromo. Todas as terças, no Sambódromo, pessoal de tuning e som pesado se reúne também, assim como outros encontros com carros invocados acontecem, por exemplo, diante do Pacaembu em dias de semana. Ninguém está imune a idiotas como esse cara, que poderia ter ficado “nervoso” no estacionamento de um shopping, ou na saída de um culto numa igreja evangélica.
O que ocorreu não tem ligação alguma com as obras em Interlagos. E, sim, com a estupidez humana.