Blog do Flavio Gomes
F-1

NIPÔNICAS (1)

SÃO PAULO (já usei?) – Chuva é legal em corrida. Em treino, não. Ainda mais quando há possibilidade de, no dia seguinte, tudo acontecer no seco. Aí é que ninguém anda, mesmo. A madrugada foi arrastada para quem ficou acordado vendo as duas primeiras sessões em Suzuka, ambas molhadas. Na primeira, só 11 carros se […]

nip0001aSÃO PAULO (já usei?) – Chuva é legal em corrida. Em treino, não. Ainda mais quando há possibilidade de, no dia seguinte, tudo acontecer no seco. Aí é que ninguém anda, mesmo.

A madrugada foi arrastada para quem ficou acordado vendo as duas primeiras sessões em Suzuka, ambas molhadas. Na primeira, só 11 carros se dignaram a ir para a pista. Na segunda, OK. Todo mundo, exceção feita a Bottas, andou. Mas pouco, evitando riscos, lidando com a água que ia e vinha com intensidade variável.

No fim das contas, Kvyat ficou com o melhor tempo do dia. Que não significa muito, considerando que a classificação pode acontecer com pista seca. O que saberemos às 3h de amanhã.

Só tenho pena, mesmo, do público. O japonês é um apaixonado pela F-1, sempre enche Suzuka, e não reclama de ficar horas parado na arquibancada vendo a chuva molhar o asfalto, mesmo sem carro nenhum passando à sua frente. Parece grato à F-1 por ela visitar o país uma vez por ano — sempre foi assim. É um dos lugares de que mais sinto saudades. Está anotado na lista de coisas para fazer nesta vida voltar a Suzuka. E logo.

Se nada de muito emocionante aconteceu na pista, teve notícia pingando aqui e ali no paddock.

[bannergoogle] Button, por exemplo. Se ontem ele não disse nada, logo depois um dirigente da McLaren deu indicações de que o inglês não quer ficar na equipe. A história está aqui.

A drenagem da pista japonesa, que foi modificada pelos administradores do circuito, não agradou muito. Massa, por exemplo, disse que está igual ao que sempre foi. “Aquaplanagem é um problema aqui”, falou o brasileiro.

Por fim, Alonso, comemorando os dez anos de seu primeiro título — você relembra aqui, na coluna “Na Garagem” de Charles Nisz —, falou que espera repetir o feito um dia, mas que “há outras categorias para ser campeão mundial”. A mensagem é clara. Seus dias na F-1 estão, obviamente, chegando ao fim. Ele está com 34 anos, sem perspectiva imediata de voltar a lutar na frente, do jeito que está a McLaren. E sempre tem um WEC esperando por você depois da esquina, com carros espetaculares e corridas idem.