Blog do Flavio Gomes
F-1

SOBRE ONTEM DE MANHÃ

SÃO PAULO (hoje é feriado?) – A polêmica toda do GP da Itália acabou ontem mesmo, com a decisão de não punir Hamilton. Não havia mesmo motivo. Como os comissários escreveram, é preciso dar uma olhada nesses procedimentos de fiscalização. Não sei também se estabelecer calibragem mínima é um caminho. Melhor seria fazer pneus que […]

SÃO PAULO (hoje é feriado?) – A polêmica toda do GP da Itália acabou ontem mesmo, com a decisão de não punir Hamilton. Não havia mesmo motivo. Como os comissários escreveram, é preciso dar uma olhada nesses procedimentos de fiscalização. Não sei também se estabelecer calibragem mínima é um caminho. Melhor seria fazer pneus que não fossem tão vulneráveis a esse tipo de coisa. Mas entendo a Pirelli, da mesma forma. Pneus de F-1 são muito específicos e exigidos, como diz o amigo, no “limite extremo”. Se os caras que fabricam dizem que a pressão mínima é X, melhor que se respeite isso.

Mas… Sempre há um mas. Se não puniram Hamilton, por que os comissários puniram dois pilotos da GP2 pelo mesmo motivo? Hein? Hein? Hein?

Bem, vamos ao rescaldo do domingo italiano, o último europeu da temporada. Sim, eu sei que a Rússia fica na Europa e ainda tem corrida lá. É apenas modo de dizer, fim da temporada europeia, a sequência de provas no Velho Continente. A corrida de Sochi é meio que ponto fora da curva nesta sequência final do campeonato pela Ásia e América.

– Parece que tem gente criticando o estilo de vida mucho loko de Hamilton. É ele mesmo quem diz isso numa coluna para o site da BBC. E pede para que o deixem em paz, lembrando tudo que já conquistou. Caramba… Mesmo se ele não tivesse conquistado nada, se fosse o pior piloto de todos os tempos, teria todo o direito de fazer o que bem entendesse. De viajar, pular carnaval, namorar, ir a cassinos, se vestir de palhaço, pintar o cabelo, ficar com meninos e meninas, tatuar o corpo inteiro, ninguém tem absolutamente nada a ver com isso. Hamilton é um garoto de 30 anos que vive como acha que deve viver. Não fazendo mal a ninguém, que é o único comportamento que deve se exigir de qualquer pessoa, todo o resto é aceitável. Mas sei bem como é conservador o meio da F-1 — do automobilismo, em geral. O conservadorismo é a grande praga dos nossos dias.

– “Foi o melhor segundo lugar da minha carreira”, “Dias como este fazem a vida valer a pena”, “Em termos de emoção, foi mais do que uma vitória”. As frases são de Sebastian Vettel, em sua primeira corrida pela Ferrari na Itália. O segundo lugar foi comemorado pelos torcedores, claro, porque lá os caras entendem de F-1 e sabem que, neste momento, bater a Mercedes é impossível. Vettel jamais vai esquecer deste domingo em Monza. Mas ainda acho que sua primeira vitória, de Toro Rosso em 2008, foi bem mais emocionante do que o segundão com a Ferrari.

– Ericsson fez pontos pela terceira vez consecutiva, só para registrar. Nesta segunda metade de campeonato, tem sido muito mais eficiente que Nasr. O brasileiro precisa se mexer. Marcus chegou em nono e só foi ultrapassado por Ricciardo na última curva da última volta.

– “Minha largada foi legal e de repente eu estava em nono. Aí, infelizmente, era só ficar esperando pelos carros que estavam atrás nos passarem. E os caras estavam me passando em lugares que eu antigamente achava que era impossível ser ultrapassado. Tinha que ficar olhando no espelho a cada entrada de curva. No fim, perdi a chance de uma boa batalha com Alonso. Tivemos uma bela luta por três voltas, mas aí ele abandonou. Seria uma disputa interessante. Para os outros carros, é fácil passar a gente. Mas não é fácil para um de nós passar o outro, então seria bem divertido…”. Button, Jenson.

– Brigando com a Lotus pelo quinto lugar entre os construtores, a Force India sai fortalecida de Monza com um sexto e um sétimo lugares. Fez valer a potência dos motores Mercedes. O time foi a 63 pontos com os 14 que somou. A Lotus zerou e ficou com 50.

– A Ferrari anunciou ontem que renovou com a Shell por mais cinco anos.