SÃO PAULO (liga na tomada e vai!) – Sábado começa a temporada 2015/16 da Fórmula E. Um campeonato que nasceu sob desconfiança geral da nação automobilística, e pegou. Pegou a ponto de ter uma decisão eletrizante (desculpem) em Londres há alguns meses, consagrando Nelsinho Piquet como primeiro campeão da categoria.
[bannergoogle] São muitas novidades para a segunda temporada, que será aberta novamente em Pequim. A maior delas: as equipes passaram a ser construtoras, e cada uma vai cuidar de suas unidades motrizes — é verdade que ainda tem gente que vai comprar motor, câmbio e transmissão, mas serão sete fabricantes diferentes agora. As baterias continuam as mesmas para todo mundo. E a potência disponível em ritmo de corrida passa de 150 kw para 170 kw.
O regulamento é bem permissivo e quem acompanhar pela TV vai estranhar que há carros com uma, duas, três ou quatro marchas.
O Grande Prêmio preparou um guia para vocês acompanharem tudo do início ao fim, com fichas de pilotos e equipes, calendário, detalhes técnicos e tudo mais. Entre as atrações previstas está a chegada do primeiro campeão mundial de F-1, Jacques Villeneuve, 44 anos, que decidiu abraçar a causa elétrica.
Falando em calendário, Miami e Mônaco não fazem parte da temporada 2015/16. Paris substitui a prova monegasca (cujo traçado foi bastante criticado na primeira edição) e uma etapa ainda não tem local definido — comenta-se que o México pode ser o destino, mas ninguém descarta, ainda, a Suíça.
Nelsinho, Bruno Senna e Lucas di Grassi são os representantes brasileiros na F-E. Dos 20 pilotos inscritos pelos dez times elétricos, dez passaram pela F-1. Além dos três brasileiros, também alinharam para pelo menos um GP os seguintes cabras: Jean-Éric Vergne, Sébastien Buemi, Villeneuve, Vitantonio Liuzzi, Stéphane Sarrazin, Jérôme D’Ambrosio e Nick Heidfeld. Metade do grid, o que mostra o interesse que a categoria despertou em muita gente e a qualificação do pelotão que disputará as 11 corridas — todas em circuitos de rua (OK, Berlim é num aeroporto desativado, mas não é em autódromo permanente).
O e-Prix de Pequim, classificação e corrida, será transmitido no Fox Sports. A definição do grid acontece às 2h do sábado, agora num formato diferente. Os pilotos são separados em quatro grupos de cinco, e cada grupo tem seis minutos para fazer suas voltas. Os cinco mais rápidos no geral vão para uma segunda fase, a Super Pole. O quinto colocado é o primeiro a sair. Quando ele abrir sua única volta rápida, o seguinte deixa o pit-lane. Até que o primeiro colocado na fase anterior faça também sua volta. O pole, obviamente, sai desse grupo. E ganha três pontos.
Ano passado, a vitória em Pequim foi de Di Grassi — o carro da foto é o dele. A prova começa às 6h. Estarei nessa, nos comentários.