Blog do Flavio Gomes
F-1

MOTOR NOVO NA ÁREA

SÃO PAULO (jogo pesado) – A FIA prometeu e cumpriu. Até o dia 23 de novembro (prazo exíguo, que dá a entender que algo já foi fechado com alguém), os candidatos a produzir motores ditos alternativos para a categoria terão de apresentar suas propostas. Uma única marca será escolhida. Esses motores estarão disponíveis para quem […]

SÃO PAULO (jogo pesado)A FIA prometeu e cumpriu. Até o dia 23 de novembro (prazo exíguo, que dá a entender que algo já foi fechado com alguém), os candidatos a produzir motores ditos alternativos para a categoria terão de apresentar suas propostas. Uma única marca será escolhida. Esses motores estarão disponíveis para quem quiser a partir da temporada de 2017.

[bannergoogle] Desta forma, as equipes menos favorecidas pela fortuna poderão escapar do cartel formado hoje por Mercedes, Ferrari, Renault e Honda — sendo que as duas primeiras só vendem versões anteriores às usadas nos times principais, a terceira não é exatamente o sonho de consumo de ninguém e a quarta, puxa vida, quem quer?

A configuração do novo motor já está definida, e não por coincidência bate exatamente com o que Honda e Chevrolet fazem na Indy: cilindrada máxima de 2.500 cc, V6, turbo (um ou dois, a gosto do freguês), sem limitação de fluxo de combustível, sem limite de RPM ou durabilidade, pressão máxima do turbo a ser definida pela FIA, peso mínimo de 135 kg, sistema hidráulico padrão para todo mundo que comprar, compatibilidade com as centralinas usadas pela F-1, potência máxima na casa de 640 KW (não sei porque estão usando KW em vez de HP, mas vá lá), sistema de propulsão interna exclusivo a explosão (nada de motor híbrido, o que vai de encontro à filosofia adotada quando das mudanças de 2014, mostrando que eles não sabem direito o que querem da vida).

A ideia é que eles sejam baratos, embora a entidade não tenha definido valores. Com isso, atrair eventuais novas equipes.

Quero ver como vão equalizar as potências, já que a natureza das atuais unidades de força é completamente diferente. Mas eu gosto da ideia de ver dois tipos de motores equipando carros da mesma categoria. A F-1 já dividiu seu grid entre aspirados e turbinados. Ninguém morreu de desgosto por isso.

Esperemos pelo dia 23. Querem que eu aposte? A Chevrolet vai ganhar, se for esperta — Mario Illien é quem faz esses motores, e não é casual o fato de seu nome ter voltado às manchetes na semana passada. Mas que ninguém descarte uma Cosworth da vida.