Blog do Flavio Gomes
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KOMBI DO DIA

[bannergoogle] SÃO PAULO (como pode?) – Na verdade, a foto é apenas um pretexto para indicar este link. Trata-se de uma coletânea de fotos feitas em 1967 no Afeganistão — a página foi recomendada por um blogueiro anônimo nos comentários de postagem abaixo. O autor das imagens é Bill Podlich, que era professor universitário na […]

[bannergoogle] SÃO PAULO (como pode?) – Na verdade, a foto é apenas um pretexto para indicar este link. Trata-se de uma coletânea de fotos feitas em 1967 no Afeganistão — a página foi recomendada por um blogueiro anônimo nos comentários de postagem abaixo.

O autor das imagens é Bill Podlich, que era professor universitário na época e tirou dois anos de licença para trabalhar para a Unesco em Cabul.

Nesse período, fez fotos do cotidiano do país, que parecia ser muito mais amigável e interessante do que hoje.

O Afeganistão começou a ruir quando foi invadido pela URSS em 1979. A tomada do país acabou dando origem a vários grupos de resistência, e entre eles estava a galera do Talibã — muçulmanos radicais que tomaram a frente nos combates aos soviéticos, obviamente financiados pelos EUA.

Quando a URSS se mandou, depois de levar um cacete que em algum nível se assemelha ao pau que os americanos tomaram dos vietcongues, os talibãs assumiram o poder. O país já estava destruído. Então, veio o 11 de setembro. E Bush mandou invadir o já detonado Afeganistão para derrubar os fanáticos que eles mesmos, os americanos, armaram até os dentes nos anos 80. São as voltas que o mundo dá.

Sempre que vejo essas imagens de países do Oriente Médio prósperos e felizes, me dá uma tristeza enorme — assim como quando vejo fotos do Irã pré-aiatolás, ainda que o país fosse um puteiro do xá, mancomunado com o Ocidente na tarefa de enriquecer sozinho e empobrecer o povo. É que nelas se percebe que a convivência entre as tradições islâmicas e o estilo de vida mais, digamos, moderninho e ocidental é absolutamente possível. Ninguém precisa se matar porque uma usa minissaia e a outra veste burca.

No fundo, é disso que se trata: um confronto entre minissaia e burca que encobre a verdadeira disputa por poder e dinheiro, no caso petróleo, razão de todas as guerras.