Blog do Flavio Gomes
F-1

SÓ CHI FOR AGORA (2)

SÃO PAULO (cinzenta) – A Mercedes, com Hamilton, enfiou quase 0s7 na Ferrari de Vettel, o segundo colocado hoje na abertura dos treinos em Sóchi. É muita coisa, e assim será o fim de semana todo. A falácia de “a Ferrari está mais perto” é só isso, uma falácia. Para tentar empolgar os fãs. A […]

foice2222SÃO PAULO (cinzenta)A Mercedes, com Hamilton, enfiou quase 0s7 na Ferrari de Vettel, o segundo colocado hoje na abertura dos treinos em Sóchi. É muita coisa, e assim será o fim de semana todo. A falácia de “a Ferrari está mais perto” é só isso, uma falácia. Para tentar empolgar os fãs. A Ferrari está tão perto quanto estava no ano passado. Ou seja: longe.

Aliás, pode ficar perto quanto quiser, porque Vettel teve problemas elétricos e os italianos já trocaram o câmbio de Sebastian, que perderá cinco posições no grid. Prejuízo e tanto.

Mas as corridas têm sido boas, Mercedes à parte. Aliás, Rosberg à parte, porque como Hamilton tem feito muita bobagem, dá uma animada nas coisas. Ele não pode nem pensar em perder a quarta seguida na temporada — e sétima consecutiva, se considerarmos as três últimas de 2015.

Surpresa, hoje, foi ver os dois carros da McLaren entre os dez primeiros — virando tempos parecidos com os da Williams e da Red Bull, e à frente das até agora decepcionantes Toro Rosso e Force India.

A Haas não repetiu o que fez nas primeiras etapas do campeonato, mas é perdoável. Cada GP, para os ianques, começa do zero. Voltar a fazer pontos deve ser a meta de Grosjean e Gutiérrez. Sem sonhar muito alto, pelo menos por enquanto.

Faz frio na Rússia, apesar do sol tímido. Esse circuito gasta pouco os pneus, portanto não se deve imaginar nenhuma grande maluquice estratégica de ninguém.

[bannergoogle] Do lado de fora da pista, fatos e decisões importantes. A eles:

– A FIA determinou que em 2017 os gasto com motores, para uma temporada inteira, deverão ser um milhão de euros menores do que neste ano. E, em 2018, três milhões de euros. Isso, claro, para os times que compram as unidades de potência dos outros. Isso será feito com uma drástica redução na quantidade de motores que cada piloto poderá usar durante um campeonato.

– Os fornecedores de motor — hoje são Honda, Mercedes, Ferrari e Renault — serão obrigados a vender seus produtos para equipes que, eventualmente, estiverem sem nenhum contrato vigente. E o sistema de “tokens”, que controla e restringe o desenvolvimento das unidades, será abolido. Todo mundo vai poder mexer à vontade em seus motores, o que é muito positivo. Afinal, se o cara erra a mão no projeto de um motor, tem de ter a possibilidade de corrigir o rumo das coisas.

– A FIA também prometeu mexer no barulho dos motores até 2018, pelo menos. Sei lá como.

– O Aeroscreen da Red Bull foi elogiado por Horner, que acha que uma decisão para o ano que vem terá de ser tomada logo, no máximo em dois meses.

– O para-brisa (tem gente escrevendo parabrisa, e juro que não sei o que é o certo agora, com a reforma ortográfica mais sacal de todos os tempos) testado pela equipe também foi aprovado por Ricciardo, que só estranhou a falta do “barulho do vento”.

– Alonso diz que ainda dói.