Blog do Flavio Gomes
F-1

NO “PADDOCK”, A REAL SOBRE SCHUMI

SÃO PAULO (longas madrugadas) – Uma nota num site americano pouco conhecido, que não foi notada quando de sua publicação, em 26 de abril, detonou um processo que, nesta terça, culminou com alguns outros sites “matando” Michael Schumacher. A nota citava um médico que teria operado o alemão, sem dizer quando, onde e o nome […]

SÃO PAULO (longas madrugadas) – Uma nota num site americano pouco conhecido, que não foi notada quando de sua publicação, em 26 de abril, detonou um processo que, nesta terça, culminou com alguns outros sites “matando” Michael Schumacher.

A nota citava um médico que teria operado o alemão, sem dizer quando, onde e o nome da figura. Segundo ele, a vida do heptacampeão estaria “por um fio”. No telefone sem fio da internet, com o perdão do trocadilho, sua morte virou “questão de horas”.

[bannergoogle] Bem, não há nenhum fato novo conhecido, além da tal nota no tal site. E da repercussão que causou.

Discutimos isso na edição #28 do “Paddock GP”, que pela primeira vez foi transmitido pelo Facebook. Para quem perdeu, está aqui. Por via das dúvidas, estamos em plantão permanente, porque tivemos um indicativo um pouco mais concreto sobre uma possível piora do estado de saúde de Schumacher. Trata-se da ausência de seu filho Mick da rodada da F-4 Italiana em Adria, no fim de semana. Mas pode ser alarme falso. Sua equipe optou por não participar das provas com nenhum de seus carros.

Enfim, estamos atentos. Sem nenhuma esperança, claro, porque não é novidade para ninguém que uma pessoa com lesões cerebrais sérias que fica desacordada tanto tempo já não tem nenhuma chance de voltar à vida — ao menos ao que nós chamamos de “vida”.

Não há vida. Há um corpo que ainda não morreu. Pelo que se sabe, as sequelas são irreversíveis após um prazo tão dilatado de inconsciência e ausência de atividade cerebral continuada. Não há recuperação possível.

Mas resta a dúvida eterna sobre o que se passa na mente de alguém que não dá sinal nenhum de que ainda possa existir alguma conexão com o mundo exterior.

Pode não haver mais. Mas pode haver. E, se houver, não consigo nem imaginar o horror que deve ser isso.