Blog do Flavio Gomes
Foto do dia

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SÃO PAULO (ninguém é de todo ruim) – Quase não acreditei quando vi a ESPETACULAR reportagem do Victorino Chermont em Medellín, entrevistando o irmão mais velho de Pablo Escobar, Roberto. Ele mantém uma espécie de museu provado com muita coisa que foi do maior narcotraficante da história, e entre essas coisas está um… WARTBURG! Bom, […]

SÃO PAULO (ninguém é de todo ruim) – Quase não acreditei quando vi a ESPETACULAR reportagem do Victorino Chermont em Medellín, entrevistando o irmão mais velho de Pablo Escobar, Roberto. Ele mantém uma espécie de museu provado com muita coisa que foi do maior narcotraficante da história, e entre essas coisas está um… WARTBURG!

Bom, claro que fui ver do que se tratava. E uma busca “Pablo Escobar Wartburg” no Google desvendou o mistério. Antes, falei com o amigo Davi Troncoso, de Brasília, que tem uma Wartburg Station Wagon com a mesma frente desse aí — carro maravilhoso, como se vê neste vídeo. Ele me contou que nos anos 60 a IFA mandava carros para a Colômbia no sistema CKD — completos, mas desmontados. Foram cerca de 1.700 unidades exportadas pela Alemanha Oriental entre 1963 e 1965.

Encontrei uma pequena nota informando que o Wartburg azul da foto foi o primeiro carro da família Escobar GaviriaAqui, descobri o ano dele: 1965, do último lote enviado para a Colômbia. Era uma picape, carroceria que na Alemanha nem existia. Os colombianos faziam essas adaptações.

[bannergoogle]Aparentemente, na trajetória criminosa de Escobar, tudo começou com esse DKW alemão-oriental: as primeiras incursões no mundo das drogas, o início das atividades de compra e venda de cocaína, os contatos preliminares com bandidos locais, abrindo o caminho para a fortuna e o poder.

Vejam como são as coisas… Fico imaginando se no primeiro encontro de Escobar com algum chefão de cartel o carro quebra no meio do caminho. Talvez ele desistisse de tudo, visse como um sinal divino para não entrar nessa vida, voltasse para casa de ônibus para procurar um mecânico.

Bom, acho que o Wartburg não quebrou.

Tem bastante coisa sobre os carros de Pablo Escobar na internet, como esta página que mostra, inclusive, os restos mortais de vários deles — utilizados em atentados, fugas e patifarias em geral. Consta que muitos foram queimados pela polícia na fazenda Napoles, hoje um parque temático que conta a vida do traficante. Isso explica seu estado.

Que baita história, a desse cara. E tinha um Wartburg no meio do caminho. Cacilda.