SÃO PAULO (onde estará o meu?) – O Lotus Turbina 56 é, certamente, um dos carros de corrida mais lindos de todos os tempos. Ele nasceu do entusiasmo de Andy Granatelli, o dono da STP, que em 1967 espetou uma Pratt & Whitney de avião num carro, e quase ganhou as 500 Milhas de Indianápolis com Parnelli Jones.
No ano seguinte, a USAC, que organizava o campeonato, estabeleceu regras um pouco mais rígidas para malucos que quisessem enfiar turbinas de avião em carros, e Granatelli chamou a Lotus para projetar um novo modelo. Assim nasceram as quatro unidades da Lotus 56 inscritas para a Indy 500 de 1968, uma delas como carro-reserva. Joe Leonard, Art Pollard e Graham Hill foram escalados para a corrida.
Com uma média de 276 km/h, Leonard fez a pole, a primeira da Lotus no templo sagrado do meio-oeste americano. Mas nenhum dos três carros terminou a corrida. Hill perdeu uma roda e terminou em 19º. O carro que ele usou, o 56-3 (terceiro da fornada), ficou um tempo em exibição na sede da STP. Depois, foi dado de presente a Richard Petty, que 15 anos depois o vendeu para seu atual proprietário.
E aí o dono resolveu leiloá-lo, depois de uma restauração mui criteriosa supervisionada pela própria Lotus. Nos dias 19 e 20 de agosto acontece o leilão em Monterey, e os caras esperam vender o carro por algo entre 900 mil obamas e 1,2 milhão de trumps. Pode-se dizer que é pouco rodado. Fez aquela prova de 1968, e só. Ainda deve estar na garantia.
Os outros dois que correram em Indianápolis estão hoje no museu do autódromo.