Blog do Flavio Gomes
F-1

MENOS UMA

SÃO PAULO (hora de mexer) – Foi com grande tristeza que vi hoje cedo a notícia de que a Manor acabou. Seus 212 funcionários foram dispensados e o Mundial de F-1 terá apenas dez equipes neste ano. As três nanicas nascidas em 2010 se foram: Hispania, Lotus/Caterham e, agora, a Manor (que já foi Virgin […]

oconmanor

SÃO PAULO (hora de mexer) – Foi com grande tristeza que vi hoje cedo a notícia de que a Manor acabou. Seus 212 funcionários foram dispensados e o Mundial de F-1 terá apenas dez equipes neste ano. As três nanicas nascidas em 2010 se foram: Hispania, Lotus/Caterham e, agora, a Manor (que já foi Virgin e Marussia). Das três, foi a única a pontuar — duas vezes, uma com Bianchi, outra com Wehrlein.

[bannergoogle]É uma pena, porque a falência das pequenas não só esvazia o grid, como elimina a possibilidade de novos talentos começarem suas carreiras por essa porta. Quantos surgiram nos últimos anos em times menores? Vamos lá, de cabeça: Alonso e Webber (Minardi), Senna (Toleman), Verstappen, Vettel (Toro Rosso, que nada mais é que a Minardi repaginada, embora ele tenha feito uma prova pela BMW antes), Barrichello (Jordan), Ricciardo (Hispania), Massa e Raikkonen (Sauber), isso apenas para falar de caras que ganharam corridas — e vocês vão lembrar de dezenas de outros.

Ironia do destino que a Manor era a última chance de Felipe Nasr seguir correndo, embora não houvesse nenhuma negociação muito clara — o time estava em situação pré-falimentar, nem faria muito sentido conversar ali. E foi Nasr, com os dois pontos de seu nono lugar no Brasil, quem colocou a Sauber à frente da equipe inglesa, tirando dela uma grana preta de premiação — algo em torno de 150 milhões de têmeres-golpistas.

O milionário que tinha comprado a Manor desistiu de colocar dinheiro a fundo perdido na F-1, esse é o resumo da ópera. Caberá ao Liberty Media Group, novo dono da categoria, encontrar mecanismos que estimulem a criação de novas equipes. Vinte carros no grid, sempre achei isso, é uma pobreza.