Blog do Flavio Gomes
F-1

EXAGERO

[bannergoogle]SÃO PAULO (se lambuzam) – Estou com Alonso. Se os caras da Liberty, que estão indo muito bem, resolverem fazer uma temporada de 25 corridas, vão começar a estragar tudo. O espanhol disse que se aposenta. “Quando comecei, eram 16. Agora são 20”, falou. O problema maior, além do evidente esgotamento para quem trabalha efetivamente […]

[bannergoogle]SÃO PAULO (se lambuzam) – Estou com Alonso. Se os caras da Liberty, que estão indo muito bem, resolverem fazer uma temporada de 25 corridas, vão começar a estragar tudo. O espanhol disse que se aposenta. “Quando comecei, eram 16. Agora são 20”, falou. O problema maior, além do evidente esgotamento para quem trabalha efetivamente nos GPs, é banalizar a coisa — falo do ponto de vista do público. Quando começa a ter corrida toda hora, elas começam a perder peso. Melhor, mesmo, ir devagar.

Aliás, esse negócio de aumentar demais o calendário e começar a correr longe de tudo foi o que acabou sendo decisivo para que, por exemplo, eu parasse de viajar. Quando comecei, 1988, a gente saía da Europa para ir ao Japão e à Austrália. Nas Américas, tinha Canadá, México e Brasil. Às vezes EUA, às vezes Argentina. Mas aí começou… Malásia, Bahrein, China, Turquia, Índia, Rússia, Coreia do Sul, Abu Dhabi, Cingapura, Azerbaijão… Nada, pessoalmente, contra país algum. Gosto de conhecer lugares novos, isso não incomoda. Mas certos sítios nada tinham — e nada têm — a ver com automobilismo e foram incluídos no calendário franca e unicamente por dinheiro. E para entrar alguém, tem de sair outro alguém. Assim que, nos últimos anos, perdemos Imola, Estoril, Paul Ricard, Magny-Cours, Jerez, Nürburgring, Buenos Aires, Kyalami, Hockenheim, Donington, pistas históricas e maravilhosas, com tradição e torcedores mais apaixonados que endinheirados. Comecei a ficar irritado com algumas corridas. E resolvi tomar outro rumo.

Quanto a El Fodón del Ovalón, o futuro a alguém pertence. Ele não fica na McLaren se as coisas continuarem como estão, e tudo indica que continuarão. Já se lançou candidato a Mercedes e Renault. Só descartou a Red Bull por conta da política da marca, de usar pilotos jovens.

Para onde vai Alonso é pergunta que vai nos perseguir ao longo do segundo semestre.