Blog do Flavio Gomes
F-1

BACK TO THE OFFICE (1)

[bannergoogle]MOGYORÓD (é o nome, fazer o quê?) – Farei um post gigantesco, uma enorme tripa com fotos e comentários nesta chegada a Hungaroring para abrir os trabalhos de cobertura do GP da Hungria. É que cheguei um pouco tarde e as entrevistas já foram e o material mais quente já está no ar no Grande […]

[bannergoogle]MOGYORÓD (é o nome, fazer o quê?) – Farei um post gigantesco, uma enorme tripa com fotos e comentários nesta chegada a Hungaroring para abrir os trabalhos de cobertura do GP da Hungria. É que cheguei um pouco tarde e as entrevistas já foram e o material mais quente já está no ar no Grande Prêmio. Como a desistência da Sauber de fazer uma parceria com a Honda. Ou da Honda de fazer uma parceria com a Sauber. Difícil saber quem rejeitou quem, duas bombas. Agora a equipe promete anunciar seu novo fornecedor de motores “em breve”. Novo? Novo quem? Tem Mercedes, Renault e Ferrari para escolher. A Mercedes não será, a não ser que deixe alguma outra equipe. Renault? Pode ser, se a Toro Rosso for incorporada e adotada pela Honda — o que seria péssimo para o time. Ferrari não seria “novo”.

Esquisita, essa Sauber. Aliás, esquistas essas duas, Sauber e Honda.

Mas eu dizia do post gigantesco e cheio de fotos porque quando cheguei aqui me chamou a atenção uma linda, maravilhosa, excepcional Suzuki GT750 dois tempos, acho que 1976, 1977 (comentários garantem que é 1972), lindamente restaurada. Me lembrava do estacionamento dos pilotos em Hungaroring, debaixo da lage do paddock, e é claro que na hora falei: Vettel, seu malandrão… Aí saí fotografando os demais.

É legal para vocês saberem como cada um vem para o autódromo — as equipes sempre alugam carros, ou recorrem a concessionários locais, menos no Brasil, onde todos morrem de medo e vão de van blindada.

Então vamos ao elenco motorizado do fim de semana em Budapeste, fotos comentadas e com notas, porque aqui não estamos para brincadeira, não.

SUZUKI GT750 – Precisa ter moral para andar com uma dessas. Vettel é amante das motos clássicas e vira e mexe aparece nos circuitos europeus com peças de sua coleção. A que mais gosto é essa aí, disparado — até porque tive uma parecida, só que 550 cc. É dois tempos, o que só me faz admirar ainda mais o piloto da Ferrari. Nota 10, com louvor.

BMW 520d – Essa aí é a do Alonso. Uma BMW alugada, diesel. Gasta menos. O que me surpreendeu, e deve ter também despertado vosso espanto, é o fato de não terem alugado um Hondinha qualquer. Ou, sei lá, podiam ter pedido na revenda lá de Budapeste um Civic, ou um Fit. Ou uma CG 125. Qualquer coisa da Honda, isso seria o mais apropriado, apesar de tudo. É o normal, usar carros da marca de fornecedores ou patrocinadores. Mas compreendemos. Alonso não queria correr o risco de não chegar. O motor podia quebrar no caminho. Ah, o carro do Vandoorne, do lado, é igual. Quando aluga dois, dá desconto. Só sei que ambos estão rodando por aí com esses sedãs de tiozão. Não vão pegar ninguém. Nota 6.

PERUA MERCEDES AMG – Não sei bem as letras, sempre me confundo com esses códigos da Mercedes. GLA, CLA, algo assim. O que vale é o AMG, da divisão esportiva alemã. Ocon escolheu bem. Ou deu sorte quando a Force India foi atrás da viatura. Bonitona, a perua. Rápida, esportiva, invocada. Eu diria que lembra uma Belina. Por isso gostamos. Nota 8.

PASSAT & TUCSON – Aí não dá, né? A Toro Rosso mandou vir da Áustria, provavelmente da frota da Red Bull, uma Tucson? Puta merda. Era o quê? Carro do gerente de RH? Do supervisor do departamento de latinhas usadas? Da esposa do cara do almoxarifado, esse (essa?) SUV ridículo/a? Sobrou para o Sainz. E o Passatão alugado em Budapeste? Tem algo mais sem sal? Fosse um TS, um Pointer, quiçá um Paddock, OK, entenderíamos. Mas essa coisa aí? É com ele que Kvyat vai e volta do hotel. Creio ter sido um castigo. Nota 3 para ambos.

RENAULT R.S. – Ando com alguma dificuldade para diferenciar os modelos da Renault. Essa série R.S. é esperta, são os metidos a esportivos, mas não sei direito, no caso desse aí em cima, do Hülkenberg, qual a base sobre a qual foi feita a maquiagem — Sandero, Logan, Clio, Twingo, sei lá. Mas é um carro bonito, invocado, com cara de mau. E Nico foi o único, pelo que notei, que conseguiu estacionar de ré. Fez manobra, portanto. Para picar a mula mais rápido, antes de o Palmer sair de ré, o que certamente causaria algum acidente. Nota 7.

RENAULT TALISMAN – Quase rolei de ri ao ver a bomba reservada a Palmer. Talisman. TALISMAN! Só assim, mesmo, para ver se a sorte desse rapaz muda. Arrumaram um troço enorme, para o caso de batidas pelo caminho. Feio pra dedéu, mas não dá para reclamar muito,  não. Eu, se fosse chefe da Renault, mandava o cara ir de Uber para a pista. Pool. Nota 4.

PEUGEOT 3008 – A Haas é uma equipe modesta, não iria aparecer aqui cheia de Ferrari só porque é parceira da fábrica italiana. E, modestamente, alugou um honesto utilitário francês para Magnussen. Discreto, branco, espaçoso, pode ser usado para dar carona a alguns mecânicos, se Kevin quebrar e tiver de sair mais cedo domingo. Nota 6.

ALFA GIULIA – Acho que Raikkonen se deu bem. A nova geração da Giulia é elegante, como todos os carros da marca, e combina com a personalidade do piloto. Um puro-sangue. A Ferrari pertence ao grupo Fiat, que é dona da Alfa, da Lancia, da Juventus de Turim, da “Gazzetta dello Sport”, da Chrysler e, se bobear, do Vaticano, da Barilla e da camiseta do Paolo Rossi usada no Sarriá em 1982. Então, pode escolher em seu vasto portfólio o que bem entender. Eu, por exemplo, se fosse piloto da Ferrari, pediria um Panda. Ou um Uno, dos antigos. Mas gosto é gosto, cada um tem o seu. A Giulia merece respeito, nota 8.

PERUAS MERCEDES & AUDI – Típico da Williams, mais sem graça que pão com manteiga. Uma Variant e uma Caravan não fariam mais feio do que essas duas coisas insignificantes que Massa (a cinza) e Stroll (a branca) receberam para circular pelas ruas de Buda e de Peste. OK, Felipe já é um pai de família, até combina um pouco, precisa levar mulher, filho, pai, mãe, irmão, cadeirinha, periquito, cachorro, calopsita, essas coisas todas. Mas Stroll tem 18 anos. Por que não um conversível, um MP Lafer, por exemplo? Nota 4 para as duas.

ASTON MARTIN – Aí sim, vimos vantagem. A marca inglesa (que hoje deve ser de indianos, ou chineses, já não sei bem) combina com os pilotos da Red Bull e, inclusive, patrocina a equipe. Esportivaços, bonitos, jovens, modernos, até as placas são personalizadas com o “AM” no meio. Ricciardo e Verstappinho se deram bem na brincadeira. A noite de Budapeste será curta para eles com essas naves aí. Nota 9.

SUV MERCEDES – Isso, para mim, é bullying com o Bottas. Pô, o cara vem no maior gás, ganhando corrida, fazendo pole, colecionando troféus, e mandam para ele essa coisa de dona-de-casa-de-Moema-que-vai-buscar-os-filhos-na-escola? Tenham dó. Tem até estribo! Eu, se fosse o finlandês, reclamaria. Mas ele deve ter achado ótimo. No fundo, é a cara de Valtteri, o discretão. Nota 4.

MISTÉRIO – E Hamilton? Como se vê, ele já tinha ido embora, quando cheguei. Amanhã prometo fotografar seu carro. Deve ser uma espaçonave vermelha com purpurina no capô e bancos caramelo forrados com pele de cervos dos Bálcãs. Aliás, eu já deveria ter ido, também. E é o que farei. Até mais tarde, petizada!