Blog do Flavio Gomes
F-1

MONZÍSTICAS (1)

RIO (prepara pra estrada) – Nada de novo no front depois do primeiro dia de treinos para o GP da Itália. A Mercedes saiu na frente, a Ferrari veio logo atrás, e a Red Bull na sequência. As duas primeiras, no mesmo segundo. Os rubro-taurinos, um segundo atrás. É a realidade desta reta final do […]

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RIO (prepara pra estrada) – Nada de novo no front depois do primeiro dia de treinos para o GP da Itália. A Mercedes saiu na frente, a Ferrari veio logo atrás, e a Red Bull na sequência. As duas primeiras, no mesmo segundo. Os rubro-taurinos, um segundo atrás. É a realidade desta reta final do campeonato, bem longa, diga-se. Já aconteceu muita coisa na temporada, 12 corridas, e ainda temos oito pela frente.

Bottas foi o mais rápido, 0s056 à frente de Hamilton, o favorito à vitória no circuito mais veloz do calendário. Vettel ficou a 0s140 do finlandês. Está na cola. Como na Bélgica, vai tentar ficar perto da Mercedes e sabe que em Monza, apesar de todo o entusiasmo dos italianos, ganhar será uma surpresa. O cenário mais provável é de um empate técnico depois da prova de domingo.

Naquilo que chamam de “bastidores”, segue o embate Alonso x Honda. Fernandinho abandonou o GP da Bélgica sem maiores explicações, e a Honda insiste que não havia nada de errado em seu motor. Em uma dessas entrevistas que não já não lembro qual foi, o piloto teria condicionado sua permanência na McLaren à troca de fornecedor de motor. “Ele não nos quer mais”, respondeu magoado o chefe da Honda, admitindo, porém, que as coisas estão feias — algo que não dá para esconder.

[bannergoogle]Mas Fernandinho nega que esteja expulsando a Honda da McLaren. “Se eles resolverem os problemas, a melhora será imediata”, disse, abrindo as portas até para uma renovação com o time de Woking mesmo se os japoneses ficarem. E elogiou a Renault, que reconheceu publicamente que não dá para contratar Alonso agora, porque o carro de 2018 não será um candidato a vitórias como deseja o espanhol.

Resumo da ópera, desconfio que, no fim das contas, Alonso não tem muito para onde ir — a história recente da Williams, que eu achava fazer algum sentido, foi negada categoricamente por todos. Ferrari está fechada, Mercedes idem, o mesmo para a Red Bull. São os únicos times interessantes para um piloto que tem o seu perfil. Abaixo delas, são todas médias e/ou pequenas e uma gigante em má fase que parece eterna, a sua McLaren. Correr para onde?

A equipe laranja segue conversando com a Renault, fábrica com quem o espanhol ganhou seus dois títulos mundiais. Mas os franceses também têm seus problemas. Verstappen que o diga. E a Honda, é preciso ser honesto, melhorou bem em termos de potência. Basta ver as posições de Alonso e Vandoorne hoje, sétimo e oitavo numa pista que exige motor. A questão é resolver urgentemente a falta de confiabilidade de alguns componentes que, trocados como mercadorias com defeito na loja da esquina, resultam em perdas de posição gigantescas no grid, inviabilizando qualquer busca por resultados — El Fodón de la Punición já perdeu 35 para o GP da Itália.

Seja como for, as decisões, tanto de McLaren quanto de Alonso, terão de ser tomadas rapidamente.