Blog do Flavio Gomes
F-1

HOT HOT HOT (2)

MOGYORÓD (sim, também estava) – Faz 15 anos que Alonso ganhou seu primeiro GP. Ou quase isso. Vai fazer em 24 de agosto, porque antigamente, muito antigamente, o GP da Hungria acontecia em agosto. Aí inventaram as férias, e tal, e agora acontece mais cedo. Ele era um moleque. Tinha 22 anos e 26 dias, […]

MOGYORÓD (sim, também estava) – Faz 15 anos que Alonso ganhou seu primeiro GP. Ou quase isso. Vai fazer em 24 de agosto, porque antigamente, muito antigamente, o GP da Hungria acontecia em agosto. Aí inventaram as férias, e tal, e agora acontece mais cedo.

Ele era um moleque. Tinha 22 anos e 26 dias, e se tornou o mais jovem piloto a vencer uma corrida na história. Esse recorde cairia em 2008 para Vettel e, em 2016, para Verstappinho — atual detentor da marca que jamais será batida, a não ser quando seres humanos abaixo de 17 anos puderem dirigir esses carros.

[bannergoogle]Depois daquela, Alonsito ganhou mais 31 corridas. Tem dois títulos mundiais e 97 pódios, com mais de 300 GPs no lombo. Só que não vence uma prova desde maio de 2013 — com a Ferrari em Barcelona. E não leva um troféu para casa desde o GP da Hungria de 2014 — de novo com o time vermelho. Não fosse a vitória nas 24 Horas de Le Mans este ano, sua estante estaria tomando poeira.

Os detalhes dessa prova de 2003 estão aqui, para quem não se lembra. Parece que foi em outra vida. O GP era patrocinado pela Marlboro e a Renault, pela Mild Seven. Os pneus tinham sulcos e eram duas as fornecedoras da F-1: Michelin e Bridgestone. Dos 20 pilotos que estavam naquele grid, só Alonso e Raikkonen seguem em atividade na categoria. Um deles, Justin Wilson, morreu. Verstappen, o pai, corria pela Minardi. Foi 12º. Um húngaro, Zsolt Baumgartner, correu pela Jordan. Ainda não existia a Red Bull, mas sua antecessora, a Jaguar, estava firme e forte na parada — com o carro verde da equipe, Mark Webber terminou em sexto.

Além da Jaguar, que acabaria sendo rebatizada com a marca dos energéticos, outros três times daquela época mudaram de dono: a Minardi foi comprada pela mesma Red Bull e hoje é a Toro Rosso; a Jordan, depois de passar pelas mãos de russos e holandeses, é atualmente a Force India; e a BAR virou Honda, que depois virou Brawn, que depois virou Mercedes. Das dez equipes que participavam do Mundial em 2003, quem saiu mesmo de vez foi a Toyota — que tinha Cristiano da Matta como um de seus pilotos.

Sim, o tempo passa, o tempo voa, e a poupança Bamerindus continua numa boa.