Blog do Flavio Gomes
F-1

PAPAI RESOLVEU

SAINT-BRIEUC (quase no fim) – E papai comprou a equipe. Lawrence Stroll lidera um grupo de empresários, fundos, investidores, sociedades anônimas, firmas desconhecidas e sei lá mais o quê que salvou a Force India da falência. Era esperado. É lá que seu filhote vai correr no ano que vem. Muito provavelmente com Sergio Pérez como companheiro, […]

SAINT-BRIEUC (quase no fim)E papai comprou a equipe. Lawrence Stroll lidera um grupo de empresários, fundos, investidores, sociedades anônimas, firmas desconhecidas e sei lá mais o quê que salvou a Force India da falência.

Era esperado. É lá que seu filhote vai correr no ano que vem. Muito provavelmente com Sergio Pérez como companheiro, já que o mexicano se envolveu pessoalmente no processo que levou o time à condição de administração judicial por parte do governo da Inglaterra, onde ele está registrado.

[bannergoogle]A lástima técnica e esportiva em que a Williams se transformou cansou a beleza do bilionário e do menino Lance. E vai se transformar também em lástima financeira. Sem o dinheiro de Stroll e do principal patrocinador, a Martini, que está de saída, o que será da equipe do velho Frank?

Diferentemente da Force India, a Williams não se salva com um comprador, apenas. Isso porque ela já não é mais apenas uma escuderia de corridas. Virou um grupo de tecnologia que atua em outras áreas da indústria e tem na F-1 um de seus negócios — não sei se o maior em termos de receitas; de despesas, certamente.

Há alguns meses rola uma conversa de que a Mercedes teria algum interesse em assumir a Williams como uma espécie de time B. Claire Williams, esse desastre de gestão, falou que nem pensa nisso. Mas admite deixar a cabine de comando se alguém disser que a culpa pela penúria é dela. A família vive em conflito permanente, já que seu irmão Jonathan nunca engoliu a opção do pai pela moça, em detrimento dele.

Será um período de enormes tormentas em Grove, podem apostar. Estamos em agosto, e a Williams não tem rigorosamente nada para 2019. Nem dinheiro, nem pilotos, nem patrocínio, nem um corpo técnico digno de estar na categoria. O roteiro é bem conhecido por garagistas que acabaram sucumbindo à realidade, como Ken Tyrrell, Guy Ligier, Giancarlo Minardi e tantos outros.