RIO (vai começar) – Falarei pouco sobre o primeiro dia de treinos em Sochi porque, a julgar pelas declarações — e esperanças — de muitos pilotos, chove amanhã. E, se chover, nada do que aconteceu hoje na pista faz muito sentido para analisar o que será a classificação.
A corrida, no entanto, dá para desenhar a partir dos resultados no seco. Viu-se uma Red Bull forte com Verstappen e seu novo motor Honda. Viu-se uma Ferrari consistente com Lec-Lec (menos, com Vettel). E viu-se uma Mercedes perdidinha da silva.
[bannergoogle]
Agora as notícias do dia, por ordem de relevância — da menor para a maior:
- Kvyat quer usar um capacete com pintura especial para correr em casa, mas o regulamento só permite uma troca de desenho por ano. E ele já usou um casco diferente em Monza, já que a Toro Rosso é italiana.
- A regra, claro, é uma estupidez danada. Faz tempo que ninguém reconhece piloto pelo capacete, e eles ficam escondidos debaixo do Halo e afundados nos cockpits cada vez mais largos e altos.
- A FIA restringe as trocas em nome, justamente, desse “reconhecimento” por parte do público. Foi-se o tempo, porém, em que realmente a cor do capacete era uma “assinatura” do piloto. Hoje as pinturas são feitas muito em função dos patrocinadores das equipes e dos pilotos. Responda rápido: qual o capacete mais identificável dos 20 rapazes que estão hoje na F-1? Nenhum.
- Outro teste: desenhe três capacetes usados na atual temporada. Depois, tente desenhar mais três, digamos, dos anos 90. Conseguiu lembrar de algum atual? Agora, se voltar uns 30 anos no tempo, vai ser fácil lembrar dos capacetes de Senna, Prost, Mansell, Piquet, Patrese, Berger, Alboreto, Schumacher, Irvine, Barrichello, Christian… A lista é infinita.
- Resumindo, se a FIA punir Kvyat com alguma multa pecuniária por uso do terceiro desenho diferente de capacete no ano, vai passar vergonha.
- A McLaren está flertando com a Mercedes para voltar a usar seus motores a partir de 2021.
- O recente casamento com a Renault não é exatamente um mar de rosas. Não que haja conflitos ou reclamações. Apenas é sem graça.
- A McLaren usou motores Mercedes de 1995 a 2014. Nesse período, foram 78 vitórias, 76 pole e os títulos mundiais de 1998 e 1999 (Hakkinen) e 2008 (Hamilton).
[bannergoogle]
Comentar