Blog do Flavio Gomes
F-1

GLOBAND

SÃO PAULO (uma hora voltamos ao normal) – A Bandeirantes fechou hoje a equipe que vai transmitir o Mundial de F-1 pelo menos nos próximos dois anos. Depois de contratar Reginaldo Leme, no fim do ano passado, Mariana Becker e Sérgio Maurício nas últimas semanas, agora foi a vez de Max Wilson fechar na condição […]

SÃO PAULO (uma hora voltamos ao normal) – A Bandeirantes fechou hoje a equipe que vai transmitir o Mundial de F-1 pelo menos nos próximos dois anos. Depois de contratar Reginaldo Leme, no fim do ano passado, Mariana Becker e Sérgio Maurício nas últimas semanas, agora foi a vez de Max Wilson fechar na condição de ex-piloto-comentarista. Felipe Giaffone também voltará ao canal — a assinatura do contrato deve acontecer amanhã.

Max era um nome muito bem cotado, e de novo a emissora acerta na mosca. Ele não é chato, não tem aquele tom professoral aborrecido de Luciano Burti, é bem-humorado, entende o inglês dos rádios (correu muito tempo na Austrália, tem ouvido treinado), já andou de F-1, estava em atividade até outro dia na Stock. É um cara excepcional. E tem experiência na função, exercida no SporTV entre 2014 e 2018 nos treinos transmitidos pelo canal a cabo. Com brilho, diga-se.

Giaffone, por sua vez, fez Indy por anos na Bandeirantes e estava na Globo comentando F-1 há dois ou três anos, não lembro direito. O retorno à antiga casa era previsível, já que a emissora carioca ficou com pouca coisa de motor, e também representa um ótimo reforço. Giaffone, inclusive, comentou Fórmula E no SporTV no fim de semana — movimento dos mais estranhos e surpreendentes, esse do canal ir atrás dos carros elétricos.

Como se vê, a equipe de vídeo que fará F-1 na Band (aff, uma hora eu iria escrever Band…) é exclusivamente importada da Globo, assim como o produtor Jayme Brito, que cuida das operações fora do Brasil e é também marido de Mariana. Ninguém vai estranhar nada, pois.

Pode-se discutir se seria o caso de a Bandeirantes trilhar outro caminho, atrás de novos nomes, gente diferente, dar a sua cara ao produto que acabou de conquistar. Mas eram duas, as alternativas: arriscar uma “assinatura” autoral de suas transmissões com uma equipe totalmente nova, ou ir na bola de segurança com ex-globais.

Como Reginaldo já estava lá desde o fim do ano passado e Brito costurou a negociação com a emissora — portanto Mariana viria de qualquer jeito –, a primeira opção foi descartada de cara. Assim, pegar narrador e comentaristas que já trabalharam juntos transmitindo uma categoria que tem muitas particularidades — e público chato pra cacete — acabou sendo um caminho natural. Que não tem nada de ruim.

Falando como telespectador, espero que os cinco, porém, mudem seus estilos sem perder a essência. Que não queiram na Bandeirantes apenas reproduzir o que faziam na Globo. As transmissões vão precisar de ar fresco, alguma novidade. O público espera por isso.

Portanto, se soltem, meninos e menina! Tem uma página em branco na frente de cada um de vocês. Escrevam uma nova história, ainda que o tema seja o mesmo!