Blog do Flavio Gomes
F-1

LOLE

ITACARÉ – De Carlos Reutemann guardo duas lembranças da infância bem claras. Em 1972, numa quinta feira, Interlagos lotado, Emerson com o carro preto de suspensão quebrada, Lole de carro branco ganhando recebendo a bandeirada com o braço erguido. Torci para ele, porque o carro do meu irmão no autorama era o preto do Emerson […]

ITACARÉ – De Carlos Reutemann guardo duas lembranças da infância bem claras. Em 1972, numa quinta feira, Interlagos lotado, Emerson com o carro preto de suspensão quebrada, Lole de carro branco ganhando recebendo a bandeirada com o braço erguido. Torci para ele, porque o carro do meu irmão no autorama era o preto do Emerson e o meu era o outro, embora não fosse branco nem tivesse frente integral, aquela coisa linda da Brabham.

A outra é de 1977 em Buenos Aires, no aeroporto de Ezeiza. Voltávamos para casa — pai, mãe, irmãos — e Reutemann estava embarcando para São Paulo no mesmo avião para disputar o GP do Brasil. Meu pai ficou excitadíssimo e quis que os três filhos tirassem fotos com ele. Maurício e Fernando tiraram. Eu, tímido e enfezado com aquela tietagem, nunca gostei, fiz birra e não quis.

Lole se foi hoje, aos 79 anos. Um campeão sem título, o maior argentino nas pistas depois de Fangio. Todo respeito a um dos grandes.