Blog do Flavio Gomes
F-1

VÃO SE CATAR (2)

ITACARÉ (e chega disso) – Vou resumir, porque a ginástica verbal que eu achava que seria utilizada em caso de punição a Verstappen em Interlagos foi aplicada para justificar a não-punição. Os comissários do GP do Brasil e a direção de prova — o educadíssimo Michael Masi — decidiram negar o pedido da Mercedes de […]

Pebolim e Buziner: assunto encerrado

ITACARÉ (e chega disso) – Vou resumir, porque a ginástica verbal que eu achava que seria utilizada em caso de punição a Verstappen em Interlagos foi aplicada para justificar a não-punição.

Os comissários do GP do Brasil e a direção de prova — o educadíssimo Michael Masi — decidiram negar o pedido da Mercedes de “direito de revisão” do incidente na volta 48 da corrida de Interlagos. A equipe alemã considerou que as imagens on-board do carro de Verstappen eram uma “nova evidência” de que ele espalhou demais na Curva do Lago, jogando Hamilton na área de escape. Os comissários não tinham essas imagens na hora do “julgamento”, domingo.

Verstappen sem punição: segue o jogo

Depois de assistir ao vídeo, os comissários e Masi disseram que a filmagem pode até ser relevante, mas não mostra “nada de excepcional que seja particularmente diferente dos outros ângulos disponíveis na hora, ou que mude sua decisão baseada nos vídeos originalmente disponíveis”. Diz o texto: “Os comissários muitas vezes devem tomar decisões rapidamente com base em um conjunto limitado de informações. Naquele momento, eles sentiram que tinham informações suficientes para tomar uma decisão. Se tivessem achado que as imagens de dentro do carro 33 eram cruciais, simplesmente teriam mantido o incidente sob investigação — para ser analisado após a corrida — e emitido uma decisão após este vídeo estar disponível. Eles não viram necessidade de fazer isso.”

Toto Wolff e Christian Horner estavam numa coletiva assim que a decisão saiu. “Era totalmente esperado”, disse o chefe da Mercedes, acrescentando que só pediu a revisão do episódio “por questão de princípios”. “Queríamos abrir uma discussão em torno disso, porque provavelmente será um tema nas próximas corridas. Acho que nosso objetivo foi alcançado. Realmente não pensamos que iria adiante”, falou. O rubro-taurino também não esticou muito o assunto, separado do rival apenas pelo distanciamento social: “É obviamente a decisão certa, porque uma punição teria aberto a caixa de Pandora em relação a muitos outros incidentes que aconteceram naquela corrida”.

Não deu em nada, e é melhor assim. Como escrevi ontem, se tivessem de punir o rapaz que o fizessem na hora.