Blog do Flavio Gomes
F-1

YES, MARINA (5)

ITACARÉ (merecidíssimo) – Max Verstappen, 24 anos, tornou-se hoje o 34º piloto a conquistar um título mundial de Fórmula 1. Nascido na pequena Hasselt, na Bélgica, corre sob bandeira holandesa — nacionalidade de seu pai, o ex-piloto Jos Verstappen. A velocidade está no sangue também por parte da mãe, a ex-kartista belga Sophie-Marie Kumpen. O […]

Verstappen vence e é campeão: uma das maiores decisões da história

ITACARÉ (merecidíssimo) – Max Verstappen, 24 anos, tornou-se hoje o 34º piloto a conquistar um título mundial de Fórmula 1. Nascido na pequena Hasselt, na Bélgica, corre sob bandeira holandesa — nacionalidade de seu pai, o ex-piloto Jos Verstappen. A velocidade está no sangue também por parte da mãe, a ex-kartista belga Sophie-Marie Kumpen. O prodígio da Red Bull levantou a taça após um final inacreditável do GP de Abu Dhabi, a última corrida do ano. Ficou atrás de Lewis Hamilton a prova inteira. Estava tudo decidido até uma batida besta de Nicholas Latifi, da Williams, a seis voltas do final. Hamilton liderava com 12s de vantagem sobre o holandês. Caminhava para sua nona vitória no ano e oitavo título na carreira.

O acidente do canadense fez com que o safety-car fosse chamado à pista. Max correu para os boxes, colocou pneus macios e voltou ainda em segundo. Hamilton ficou na pista, com pneus duros e desgastados. Entre seu carro e o de Lewis, porém, havia cinco retardatários. Depois de certa hesitação, o diretor de prova, Michael Masi, mandou que esses cinco descontassem a volta atrasada para recompor o grid, ultrapassando o safety-car. Mas só esses cinco. Outros não foram autorizados a fazer o mesmo. Verstappen colou em Hamilton. A relargada aconteceu na última volta. Antes da metade dela, na curva 5, Max passou o inglês.

Foi a única volta que Verstappen liderou na última corrida do ano. Bastou. Desfecho inimaginável de uma das maiores temporadas de todos os tempos, de tirar o fôlego do começo ao fim. E, incrivelmente, decidida por Latifi, um zé-ninguém.

Mas Max só foi saber que era oficialmente campeão às 23h03, pelo horário local — 16h03 de Brasília. A Mercedes contestou o resultado, alegando irregularidades no procedimento do safety-car. Foram dois protestos, ambos rejeitados.

A noite foi longa em Abu Dhabi. Este ano mostrou que as corridas nem sempre terminam na bandeira quadriculada.

Latifi bate e lá vem safety-car: Hamilton tinha quase 12s de vantagem

Claro que atribuir apenas à batida de Latifi a conquista de Verstappen seria muito injusto com o holandês, seu time e parceiros. Afinal, Max ganhou dez corridas e chegou oito vezes em segundo em 22 etapas do Mundial. Um título desses de constrói ao longo de anos. No caso da Red Bull, foram oito desde a última taça levantada por Sebastian Vettel, em 2013. Para a Honda, sua fornecedora de motores, a espera foi ainda maior: exatos 30 anos desde o título de Ayrton Senna, na McLaren, em 1991.

O trio Verstappen-Red Bull-Honda colocou fim à maior hegemonia da história da categoria. Desde 2014 apenas pilotos da Mercedes eram campeões — Hamilton seis vezes e Nico Rosberg, uma. No Mundial de Construtores, o domínio persiste. O time alemão foi campeão hoje pela oitava vez seguida.

De qualquer modo, o acidente de Latifi na 52ª das 58 voltas previstas para a prova em Yas Marina foi o momento-chave da última corrida do ano. Uma final épica antes mesmo de começar, já que dois pilotos chegaram empatados nos pontos para a decisão — algo que só havia acontecido antes uma vez, em 1974.

O piloto da Williams, goste-se ou não disso, inscreveu seu nome nos anais do automobilismo. Qualquer relato sobre esta corrida, assim como sobre este campeonato, terá de mencionar o simpático milionário canadense — assim como todos se lembram de Timo Glock, alemão da Toyota superado por Hamilton na última curva da última volta do GP do Brasil de 2008, ultrapassagem que lhe deu o primeiro título mundial e tirou de Felipe Massa, vencedor daquela corrida, a chance de ser campeão em casa.

Max passa Hamilton na curva 5: vitória na última volta

Hamilton perdeu o campeonato depois de liderar a corrida toda desde a primeira volta, caminhando para uma vitória tranquila que começara a se desenhar logo na largada. Em segundo no grid, ele pulou muito bem à frente do pole Verstappen e assumiu a ponta. Ainda na primeira volta Max tentou recuperar a liderança. Se jogou na freada para a curva 7, Lewis evitou uma batida forte desviando pela área de escape e se manteve em primeiro.

Foi a primeira polêmica da noite. O holandês, na hora, perguntou pelo rádio se o inglês não tinha de lhe devolver a posição. Minutos depois a direção de prova avisou que não haveria investigação para a manobra. “Ele foi forçado para fora da pista”, informou Michael Masi à Red Bull. “Já devolveu a vantagem”, concluiu o diretor, aparentemente tendo constatado que Hamilton não contornou a curva, mas tirou o pé quando voltou à pista. Max ficou full pistola. E engoliu o choro.

Sainz: bom começo com a Ferrari, final melhor ainda

Na volta 4, Hamilton tinha pouco menos de 2s de vantagem para Verstappen. Pérez, Sainz e Norris fechavam os cinco primeiros. Bottas caiu para oitavo na largada. Tudo que Mercedes e Red Bull haviam pensado como estratégia de corrida, com Max liderando as primeiras voltas, teve de ser revisto.

Verstappen começou a reportar problemas nos pneus macios na nona volta. “Os traseiros estão piorando”, falou. Lewis, com médios, imprimia um ritmo forte para abrir tudo que pudesse antes dos pit stops. Na volta 10, conseguiu colocar 3s entre ele e o #33. Na 12ª, 5s. As coisas começaram a ficar muito complicadas para o garoto enxaqueca rubro-taurino. Por isso, na volta 14, o time o chamou para os boxes. Max colocou pneus duros e voltou em quinto. A Mercedes fez o que dela se esperava na hora: respondeu ao pit stop de Verstappen convocando Hamilton para trocar pneus também. Da mesma forma, espetou os compostos duros em seu carro. Lewis voltou em segundo, com Pérez na liderança.

Na volta 16, Hamilton, em segundo, tinha os mesmos 5s de vantagem sobre Verstappen, quarto. A partir dali, tudo passou a depender de como se comportariam Mercedes e Red Bull com pneus duros. De caça, já que largou na pole, Verstappen passou a caçador. Entre ele e Lewis estava Sainz, da Ferrari, em terceiro. O espanhol se transformou num aliado inesperado do #44, fazendo o holandês perder algum tempo. Sabendo disso, e tendo de construir sua vantagem tijolinho por tijolinho, Hamilton cravou duas voltas mais rápidas para abrir um pouco mais em relação ao seu único adversário.

Pérez segura Hamilton: bom companheiro

Max passou o espanhol na volta 18, e quando assumiu o terceiro lugar estava 9s atrás de Lewis. Então, o inglês chegou no líder, Pérez, com pneus macios desgastados e orientado a segurar Lewis para ajudar o companheiro. E o mexicano foi parceiro como nunca. Em duas voltas, a 19ª e a 20ª, segurou Hamilton com uma garra indiscutível, perdendo e recuperando a ponta mais de uma vez. A diferença de 9s que Hamilton tinha para Verstappen caiu para 2s. “Checo é uma lenda!”, agradeceu Max quando viu os dois se engalfinhando à frente. “Ele foi um animal!”, respondeu a equipe, se divertindo à beça, mas sem esconder o nervosismo.

Hamilton acabou passando na 21ª volta, e Pérez foi para os boxes trocar seus pneus. Missão dada, missão cumprida. E Lewis começou a remar de novo. Na volta 27, pausa para homenagear Kimi Raikkonen. Com problemas nos freios, ele encostou nos boxes e abandonou. Às 16h44 pelo horário de Abu Dhabi, encerrou sua linda carreira na F-1. O amigo internauta deu a ele o título de “Piloto do Dia”.

Depois de alertar a equipe pelo rádio que talvez seus pneus não aguentassem até o fim, no tom fatalista de sempre quando se refere à borracha, Hamilton retomou um ritmo que lhe permitiu abrir pouco a pouco para Verstappen. Na volta 30, a diferença era de 4s3 — Bottas, o terceiro colocado, aparecia 28s atrás. Na 34ª, essa distância já ultrapassava os 5s.

Alonso e Gasly, quarto e quinto colocados na volta 35, eram os únicos que ainda não tinham parado nos boxes. Então Giovinazzi quebrou, estacionou numa área de escape e o safety-car virtual foi acionado. Sem muita alternativa para alcançar Hamilton, a Red Bull chamou Verstappen, que parou na volta 37 e fez seu segundo pit stop. Voltou cerca de 20s atrás de Hamilton, ainda em segundo. Foi uma ótima jogada. Tinha pneus novinhos para as últimas 20 voltas da corrida. Mas precisava descontar uma diferença considerável.

Com a maior tranquilidade do mundo, a Mercedes informou a Hamilton que Max teria de tirar 0s8 por volta para chegar nele. “Foi meio arriscado me deixarem aqui, não?”, indagou Lewis, bem menos calmo. Àquela altura, era melhor não procurar tantas respostas. Verstappen, que tinha perdido o rastro da presa na floresta, encontrou de novo e voltou à caça. Na volta 41, já tinha reduzido a diferença para 14s8. Começou a empilhar voltas rápidas em sequência, mas Lewis respondia com bons tempos, também. Embora seus pneus fossem 24 voltas mais velhos que os do adversário, o ritmo era seguro, quase confortável. Daí o sossego do time.

A terceira parada de Verstappen: pneus macios para ataque decisivo

Lewis perdeu algum tempo com retardatários, mas nada que pudesse assustá-lo àquela altura da prova. Na volta 50, Verstappen ainda estava 11s atrás. Restavam oito para a quadriculada e para o octacampeonato. Os temores do inglês eram infundados. O time tinha tudo sob controle, e ele também. Mas, aí…

Aí Nicolas Latifi bateu a seis voltas do fim, depois de uma disputa irrelevante com Mick Schumacher. E o safety-car foi acionado porque seu carro ficou espetado no guard-rail. A vantagem toda que Hamilton tinha construído foi para o espaço. As últimas voltas seriam eletrizantes, se houvesse tempo para uma relargada. Pensando nela, Verstappen correu para os boxes e colocou pneus macios. Era a última bala na agulha.

O heptacampeão ficou, para dizer o mínimo, desesperado. Seus pneus duros estavam desgastados e ele seria facilmente batido num duelo mano a mano contra Verstappen de macios novos, se a pista fosse rapidamente desobstruída. A torcida da Mercedes era para que o resgate demorasse o suficiente para a corrida terminar em bandeira amarela. Entre Hamilton e Verstappen havia cinco carros que, em tese, teriam de ser autorizados a passar o safety-car para recompor o grid. Mas a direção de prova decidiu que isso não iria acontecer. “Decisão típica, não estou surpreso”, resmungou Verstappen, com razão. A Red Bull reclamou e o diretor de prova, hesitante, mandou os retardatários passarem. Mas só aqueles cinco. E imediatamente autorizou o reinício. Ficou tudo para a última volta. Um ano inteiro reduzido a 5.281 metros de asfalto.

E Verstappen não perdeu tempo. Partiu alucinado para cima do #44 e na curva 5 fez a ultrapassagem definitiva. Lewis ainda tentou dar o troco. Não conseguiu. E o título acabou com o garoto da Red Bull.

Hamilton cumprimenta o novo campeão: bom perdedor

“É inacreditável”, suspirou Hamilton quando estacionou seu carro no Parque Fechado. Verstappen chorava dentro do capacete. Ao sair do cockpit, fez festa com os amigos, os mecânicos, a chefia, a namorada e o pai. Foram momentos emocionantes. “Eu amo minha equipe, por mim fico aqui mais 10, 15 anos, a vida inteira”, disse o campeão. “Tudo se resolveu na última volta. Foi insano. Mas nós nunca desistimos.”

Seu pai Jos teve com ele alguns momentos reservados nos boxes. Pouco depois, o pai de Hamilton, Anthony, foi até eles cumprimentá-los. Antes, Max já havia recebido os parabéns de Hamilton, que aceitou a derrota com serenidade. “Finalmente tive um pouco de sorte”, continuou o holandês. “Temos grande respeito um pelo outro, Lewis é um piloto incrível.”

Os últimos momentos da prova foram de enorme tensão para Mercedes, Red Bull e Masi, o diretor de prova. Antes de autorizar os cinco retardatários entre Hamilton e Verstappen a passarem o safety-car, o controle de corrida emitiu mensagem dizendo que nenhum deles seria autorizado a descontar a volta perdida. É prerrogativa do diretor decidir sobre a recomposição do grid. Se achar que não é seguro mandar todo mundo realinhar, pode esperar para fazer isso quando achar melhor. Logo depois, aparentemente pressionado pela Red Bull, autorizou. Tinha esse direito. “Isso se chama corrida de carros”, respondeu duramente pelo rádio a Toto Wolff, chefe da Mercedes, que berrou com ele indignado com a decisão.

Ficou claro que Masi não quis encerrar o campeonato sob bandeira amarela. Do ponto de vista do espetáculo, perfeito. A temporada não merecia isso. Não ficou claro, num primeiro momento, por que outros retardatários não puderam fazer o mesmo que os cinco “intrusos” entre Hamilton e Verstappen. A explicação veio no texto que rejeitou o recurso da Mercedes: o diretor tem o direito de tirar da fila quem estiver atrapalhando a luta dos líderes e deixar os outros pra lá. Curioso é que a mensagem do “race control” mencionou mesmo apenas os carros 4 (Norris), 14 (Alonso), 31 (Ocon), 16 (Leclerc) e 5 (Vettel) como autorizados a ultrapassar o safety-car. Tinha mais gente para descontar volta: Ricciardo, Stroll e Schumacher, mais atrás; mas Masi achou desnecessário, estava com pressa para recomeçar o GP. Naquele momento, a Red Bull pediu para Pérez abandonar. Ele estava em terceiro. Oficialmente, problema no motor.

Os carros autorizados a passar o safety-car: decisão polêmica

Claro que o duelo pelo título concentrou todas as atenções da corrida, mas é bom que se façam alguns registros sobre os outros pilotos. Carlos Sainz, da Ferrari, foi o terceiro colocado, com ótima atuação, seguido por um surpreendente Yuki Tsunoda em quarto — sua melhor prova na F-1. Pierre Gasly, companheiro do japonês na AlphaTauri, chegou em quinto. Bela despedida da Honda, com vencedor e mais dois carros nos pontos. A montadora, que voltara à categoria em 2015 com a McLaren, já havia anunciado que deixaria as pistas mais uma vez no fim da temporada.

Depois deles, fechando o grupo dos dez primeiros, vieram Bottas, Norris, Alonso, Ocon e Leclerc. Sainz, com o pódio, terminou o ano em quinto lugar no Mundial de Pilotos com 164,5 pontos. Verstappen foi o campeão com 395,5 contra 387,5 de Hamilton. Bottas (226) e Pérez (190) vieram a seguir. Entre as equipes, a Mercedes confirmou o título com 613,5 pontos, 28 à frente da Red Bull.

A corrida mal terminou e a Mercedes lavrou dois protestos junto à direção de prova. Primeiro, alegando que Verstappen passou Hamilton ainda com o safety-car na pista. Foi rejeitado. “Ele pode ter ficado por alguns instantes à frente, mas depois se reposicionou atrás, antes da relargada”, alegaram os comissários. A Mercedes se pegou mais, mesmo, no item 48.12 do regulamento, que diz que o safety-car só pode sair da pista na volta seguinte à recomposição do grid. E isso não aconteceu. Assim que os retardatários passaram, o carro de segurança saiu da pista. Questionou também porque só os cinco à frente de Verstappen puderam descontar suas voltas atrasadas. A equipe alemã tinha um caso, como dizem os advogados.

Às 22h56 pelo horário de Abu Dhabi, os representantes da Mercedes deixaram a torre de controle do autódromo em silêncio. Pouco antes, integrantes da Red Bull informaram que o segundo protesto dos rivais também fora rejeitado. Às 23h03 saiu a decisão oficial.

A íntegra está aí embaixo. Resumidamente, a direção de prova, depois de ouvir o reclamante (Mercedes) e a parte interessada (Red Bull), informou que: 1) o artigo 48.12 tem o propósito de retirar os retardatários da fila atrás do safety-car para que eles não interfiram na corrida entre os líderes, e isso foi feito; 2) o artigo seguinte, o 48.13, se impõe ao anterior porque quando é emitida a mensagem “fim de safety-car nesta volta”, está claro que “nesta volta” é aquela em que a mensagem aparece na tela, e o artigo 15.3 dá o direito ao diretor de prova de operar entrada e saída do safety-car segundo seus próprios critérios; 3) as equipes concordaram, há tempos, que sempre que possível é “altamente desejável” que as corridas terminem sob bandeira verde. Faltou um item 4, algo como “agora não nos encham mais o saco e vamos sair de férias”.

Brincadeiras à parte, lendo o regulamento e o embasamento das decisões dá para dizer que as regras foram cumpridas, ainda que de maneira, digamos, tortuosa. O artigo 15.3, que dá ao diretor de prova o direito de mandar e desmandar no safety-car ao seu bel-prazer, livra a cara de Masi, que não cumpriu integralmente, como os próprios comissários reconhecem, o artigo 48.12 — porque não esperou a volta seguinte para chamar o safety-car aos boxes; mas, de novo, ele pode fazer isso de acordo com o artigo 15.3. O trato informal das equipes, para terminar os GPs em bandeira verde, é seu álibi. No fundo, se a Mercedes tem muito do que reclamar nesta prova é do azar.

O time declarou sua intenção de recorrer. Está no seu direito. Mas episódios recentes indicam que reverter decisões dessa natureza é muito raro.

Verstappen estava no autódromo quando seu título foi, finalmente, confirmado. A Red Bull estava esperando para soltar o grito preso na garganta. Nos boxes, mecânicos colocaram para tocar nas caixas de som a clássica “We are the champions”, da mítica banda inglesa Queen. Quando Fred Mercury proclama os versos famosos com seu vozeirão, é que não há mais dúvida nenhuma.

Max nunca deixou de se sentir campeão, mesmo enquanto esperava, nervoso, a decisão dos comissários. Ele mereceu. E muito. Ninguém nega que a reação de Hamilton a partir do GP do Brasil foi empolgante, e o inglês seria igualmente um campeão repleto de merecimento depois de uma “remontada” notável, homérica, colossal.

Mas só um ganha.

E Max ganhou.