Blog do Flavio Gomes
F-1

SOBRE DOMINGO À TARDE

A IMAGEM DA CORRIDA SÃO PAULO (pra cumprir tabela!) – A cobertura do GP do México neste blog foi claramente prejudicada pela concorrência com fato de importância infinitamente maior, mas não vou deixar vocês sem nosso rescaldão. No caso, hoje, um rescaldinho. Relendo o texto de domingo, escrito no calor da apuração, nem acho que […]

A IMAGEM DA CORRIDA

A 14ª vitória de Verstappen em 2022: recorde histórico

SÃO PAULO (pra cumprir tabela!) – A cobertura do GP do México neste blog foi claramente prejudicada pela concorrência com fato de importância infinitamente maior, mas não vou deixar vocês sem nosso rescaldão. No caso, hoje, um rescaldinho.

Relendo o texto de domingo, escrito no calor da apuração, nem acho que tenha faltado alguma coisa no relato da corrida. Que como não foi grande coisa, não mereceu sequer um acabamento posterior com mais fotos e uma penteada no texto. Vocês compreendem, claro.

Escolhi a foto de Verstappen comemorando porque não tinha outra muito melhor e porque, de fato, é histórico quando um recorde importante é batido. Max chegou a 14 vitórias no ano. Ninguém venceu tanto numa temporada quanto ele. O holandês, bicampeão aos 25 anos, 34 vitórias no currículo, já é um dos maiores de todos os tempos, mesmo se parar de correr amanhã.

E pelo jeito vem mais.

O NÚMERO DO MÉXICO

1″98

Esse foi o tempo gasto pela McLaren no pit stop de Daniel Ricciardo, o mais rápido do ano e o mais rápido da história da equipe. Foi também uma das melhores provas do australiano no ano. Largou em 11º e chegou em sétimo, mesmo punido com 10s pelo incidente com Tsunoda. Norris, que anda constantemente na frente do parceiro, largou em oitavo e chegou em nono. Atuação convincente e combativa de Ricciardo, rara ultimamente. Mesmo assim, ele não estará no grid no ano que vem. E receio que nunca mais.

McLaren comemora parada: pelo menos isso…

E vamos ao breve noticiário dos últimos dois dias em caixinhas coloridas, que eu sei que vocês curtem.

RESERVA DO RESERVA – A Aston Martin, na terça-feira, anunciou a contratação de Stoffel Vandoorne como terceiro piloto para 2023. Ex-McLaren, 41 GPs no lombo, campeão da Fórmula E neste ano pela Mercedes, o belga, assim, deixará para Felipe Drugovich a posição de reserva do reserva. A equipe quer alguém mais experiente para ajudar a desenvolver os carros dos titulares Lance Stroll e Fernando Alonso. Em 2023, Vandoorne continua correndo na F-E, agora pela DS Penske — já que a Mercedes deixou a categoria.

SEGUNDONA – Falando nela, a Mercedes, a equipe alemã ainda sonha com o vice-campeonato entre os construtores. Nas últimas três corridas, marcou 74 pontos, contra 48 da Ferrari. A diferença é de 40 a favor dos italianos. Faltam duas etapas para o encerramento do Mundial, mas é bom lembrar que o GP de São Paulo oferece alguns pontinhos extras da Sprint no sábado.

Pérez persegue Hamilton: de volta à vice-liderança

SEGUNDÃO – A luta pelo vice entre os pilotos segue apertada. Com o terceiro lugar no México, Pérez voltou à segunda posição na classificação com 280 pontos. Leclerc, apenas sexto na corrida, tem 275. Um pouco mais atrás, Hamilton conseguiu passar Sainz e agora está em quinto com 216 pontos, quatro à frente do espanhol da Ferrari. Lewis ficou em segundo e subiu ao pódio pela oitava vez no ano. Tem um troféu a mais que seu companheiro Russell.

NICO LÁ – São cada vez mais fortes os indícios de que Nico Hülkenberg será o segundo piloto da Haas em 2023. Mick Schumacher está cada vez mais distante da renovação, vem errando muito e não entrega resultados. O anúncio oficial poderá ser feito em Interlagos. Onde Nico, hoje com 35 anos, fez sua única pole na categoria, pela Williams, em 2010.

A FRASE DO HERMANOS RODRÍGUEZ

“A Red Bull teve uma estratégia de pneus melhor que a nossa.”

Lewis Hamilton
Hamilton festeja o segundo lugar: erro de estratégia, mas bom resultado

Não teve conversa. Largando com macios e trocando para médios, a Red Bull andou sempre com pneus mais rápidos que a Mercedes, que partiu de médios e trocou para duros em sua única parada (Russell fez um segundo pit stop no fim só para garantir a melhor volta, com pneus macios).

Toto Wolff admitiu que essa combinação macios/médios nunca esteve no radar da equipe, que não acreditava que os mais moles durassem muitas voltas, correndo o risco de ter de chamar seus pilotos duas vezes para os boxes.

Errou.

GOSTAMOS & NÃO GOSTAMOS

GOSTAMOS de ver Valtteri Bottas voltar aos pontos, ainda que apenas com um décimo lugar meio frustrante para quem largou em sexto. Mas está bom. Ele estava havia dez provas sem pontuar, desde o Canadá, e ajuda a Alfa Romeo na briga pela sexta posição entre as equipes contra a Aston Martin. O placar agora aponta 53 x 49 para o time ítalo-suíço.

Lá no fundo, bem atrás de Russell, as duas Ferrari: coadjuvantes no México

NÃO GOSTAMOS de ver a Ferrari tão longe da briga pelas primeiras posições. Seus pilotos chegaram em quinto e sexto, Sainz a 58s de Verstappen e Leclerc cruzando a linha 1min08s depois do holandês. Um desempenho pífio, como diria o Mauro Cézar. A desculpa da equipe é que já está pensando em 2023.