Blog do Flavio Gomes
F-1

PARQUE DO BETO (1)

SÃO PAULO (vamos pra próxima) – Quem aguentou a madrugada para ver até o fim o segundo treino livre de Melbourne foi dormir sem tirar grandes conclusões. A abertura dos trabalhos para o GP da Austrália no Parque do Beto, conhecido lá como Albert Park, foi meio bagunçada. A primeira sessão, OK. Com tempo seco, […]

Torcida em Melbourne: sexta-feira caótica

SÃO PAULO (vamos pra próxima) – Quem aguentou a madrugada para ver até o fim o segundo treino livre de Melbourne foi dormir sem tirar grandes conclusões. A abertura dos trabalhos para o GP da Austrália no Parque do Beto, conhecido lá como Albert Park, foi meio bagunçada. A primeira sessão, OK. Com tempo seco, deu Verstappen: 1min18s790. Hamilton, vejam só, ficou em segundo. Mas longe, 0s433.

A prática foi interrompida com uma bandeira vermelha porque deu pau no Waze. O sistema de GPS da cronometragem pifou e para que nenhum piloto ficasse perdido no meio das árvores e dos koalas, pararam tudo. Ninguém se perdeu.

O segundo treino livre tinha Alonso na frente quando, depois de menos de 20 minutos de trabalho, começou a chover. Fraco, mas o bastante para molhar tudo. E aí, claro, ninguém melhorou os tempos.

O que se viu até então foi um circuito muito escorregadio, com gente rodando e escapando da pista o tempo inteiro. É normal em treino livre o pessoal abusar um pouco, mas hoje foi um pouco além da conta. Ninguém bateu, felizmente.

Agora vamos ao noticiário aleatório.

Mecânicos na grade: não pode mais

CHATONILDOS – Estão vendo a imagem aí em cima? Pois a FIA não quer mais mecânicos celebrando resultados pendurados nas grades dos boxes. Uma tradição que remonta a não sei quando, mas os pentelhos da entidade acham perigoso. Detalhe: nunca aconteceu nada. Nadica de nada. Nem nos tempos em que essas grades eram precárias, fixadas o chão com marteladas. Chatos, chatos pra cacete. Mania de mexer onde não precisa. Mania de desumanizar tudo.

Mercedes de Toto Wolff: dez anos sob a chefia do austríaco

LEMBRANÇAS – No material que a Mercedes distribui à imprensa nas semanas de GP, duas lembranças interessantes: foi na Austrália, há dez anos, que Hamilton estreou pela equipe. O mesmo aconteceu com Toto Wolff. O primeiro dia de trabalho de ambos no time prateado. Foi num dia 17 de março, quando a corrida de Melbourne abria a temporada. Lewis largou em terceiro e chegou em quinto. Desde então, ganhou 82 GPs, fez 77 poles e conquistou seis títulos. Já o chefe soma 115 vitórias, 126 poles, oito títulos de construtores e sete de pilotos. Não dá para reclamar de nenhum dos dois.

EM 2022 – Só para lembrar, a pole no ano passado em Melbourne foi de Charles Leclerc. O tempo, para referência dos nobres blogueiros: 1min17s868. A estratégia padrão foi de uma parada. O pódio: Leclerc, Pérez e Russell.

NOVA FORMA – Quando começam a discutir muito, é porque vai mudar alguma coisa. Stefano Domenicali está emburrado com as sextas-feiras que não valem nada — é assim desde sempre, mas vá lá, os tempos mudam. Quer alterar o formato dos GPs de qualquer jeito. Pilotos já aceitam que um treino livre apenas é o suficiente para um fim de semana. Está em discussão a realização de Sprints o ano inteiro. Uma das possibilidades: sexta-feira com um treino livre e classificação para o GP principal, com Q1, Q2 e Q3; sábado com classificação para formar o grid da Sprint com uma volta lançada, apenas, e a prova curta de tarde; corrida de verdade domingo. Ainda vai rolar muita discussão, mas uma coisa parece certa: vão mexer nas sextas.

Hoje às 19h tem “Fórmula Gomes” lá no YouTube, não esqueçam. Será um esquenta para o segundo treino livre, às 22h30, e para a classificação, a partir das 2h do sábado.