PRAGA (última chance) – OK, o Muro caiu há quase 20 anos. Mas, pombas! Precisavam apagar todos os rastros? Vim ontem para cá, quase 200 km, e sabe o que vi nas estradas e nas ruas? Uns dois Trabants. E um Niva. Acabou. OK, era Alemanha ainda, quando eu entrasse na Checoslováquia, certamente daria com uma frota de Skodas antigos liderando a frota automobilística oriental. E sabe o que vi? Um monte de Skodas novos. E nenhum Lada. NENHUM LADA EM PRAGA! NENHUM LADA NA CHECOSLOVÁQUIA! Argh! O que está acontecendo? Onde foi todo mundo? NÃO TEM NADA DE DOIS TEMPOS ANDANDO! Mas tem Porsche e Audi de montão. Até uma Ferrari estava estacionada perto da grande praça. Onde esse povo arrumou dinheiro tão rápido?
A única coisa parecida com um carro dos bons tempos que pude fotografar foi esse Skoda aí no alto, feito para levar turistas num city-tour. Desconfio que já trocaram o motor. Sei lá. É tudo muito esquisito.
Praga é uma linda cidade, talvez uma das mais belas do mundo, mas a Checoslováquia ainda me deve explicações. Amanhã, antes de voltar a Frankfurt e à vaca fria, vou passar numa revenda Lada, que já descobri o endereço. Parece que é a única da cidade, o que é um absurdo. Vou bem cedo, de metrô e bonde. Preciso saber o que se passa por estas bandas, em termos automotivos. Interrogarei os funcionários. Serei duro com eles.