Blog do Flavio Gomes
F-1

PINTS (17)

SÃO PAULO (escrever e falar, o dia todo!) – Como em “Lost”, agora “Os Outros”. Começando por Heidfeld, com um brilhante segundo lugar, recuperando-se dos maus momentos vividos nos últimos meses. Ele mesmo argumentou que não tem de se recuperar de nada, já que duas corridas atrás, em Montreal, foi segundo, também. Verdade. Mas que […]

SÃO PAULO (escrever e falar, o dia todo!) – Como em “Lost”, agora “Os Outros”. Começando por Heidfeld, com um brilhante segundo lugar, recuperando-se dos maus momentos vividos nos últimos meses. Ele mesmo argumentou que não tem de se recuperar de nada, já que duas corridas atrás, em Montreal, foi segundo, também. Verdade. Mas que Kubica está atormentando sua vida, está. Só que hoje, na BMW Sauber, “o cara” foi ele. Robert rodou, na hora em que a chuva apertou, e deixou escapar a chance enorme de sair de Silverstone na liderança.

Kovalainen, Alonso, Trulli e Nakajima, que fecharam a zona de pontos depois de Barrichello e Raikkonen (terceiro e quarto), tiveram, todos, uma corrida muito parecida. Rodaram, passaram, foram passados, lutaram. De todos, Kovalainen é quem tem mais a lamentar, afinal largou na pole. Se atrapalhou demais ao longo da prova, e desperdiçou uma boa chance de pódio. Mas, numa corrida como essas, não dá para ser crítico demais. “Ah, mas você foi duro com Massa aí embaixo!”, vai lembrar alguém. É que Felipe foi mal, mesmo. Todo mundo cometeu erros hoje (tirando os três primeiros, impecáveis), era natural, só que alguns souberam compensar e se seguraram na pista até chegar aos pontos.

Um que não conseguiu, por exemplo, foi Webber. Rodou na primeira volta e jogou o segundo lugar no grid no lixo. E, como Alonso, Massa e Raikkonen, não trocou os pneus na primeira parada. Resultado, chegou em décimo.

Entre os que não terminaram e não merecem propriamente a cruz estão Kubica e Nelsinho. Ambos faziam boas corridas e foram vítimas do pé d’água na altura da volta 35. Foram dez voltas, pelo menos, sob um aguaceiro respeitável. Nessas horas, aquaplanar ou não é quase uma questão de sorte ou azar. Os dois tiveram azar. Piquet-filho sai de Silverstone sem pontos, mas com a cotação em alta, recuperando o respeito da equipe e sua autoconfiança. Teve um bom fim de semana na Inglaterra, como na França. Aos poucos, vai se encontrando.