O curioso é que, na corrida, Fernandito teve a mesma sorte que rendeu a Nelsinho Piquet um segundo lugar em Hockenheim, no GP da Alemanha: a parada pouco antes da entrada do safety-car, o que o ajudou a ganhar posições importantes.
Depois vieram as punições a Rosberguinho e Kubica, e aí a prova caiu no seu colo, do jeito que ele gosta. Mais curioso ainda é que o safety-car que lhe atirou para a frente foi motivado por uma batida de… Piquet-filho!
Bom companheiro está aí.
Fernando ganha sua 20ª corrida, a primeira desde Monza/2007, quando ainda estava na McLaren. Foi seu 50º pódio. E no 800º GP da história, o primeiro noturno. Largando lá atrás, em 15º. Não é resultado para qualquer um. Seu passe se valorizou ainda mais, num momento em que ele ainda não decidiu o que fazer em 2009.
Ontem, ele dizia depois da classificação que “só um milagre” para conseguir alguma coisa nas ruas cintilantes de Cingapura. Venceu, e não houve propriamente nenhum milagre, apenas a coincidência de um pit stop na hora certa. Quase milagre, sim, é vencer uma corrida com o problemático carro da Renault, tendo todos os outros mais rápidos na pista — algo parecido com o que Vettel fez em Monza. Aí a gente vê quem é especial e quem não é.
Pelo rádio, o mais engraçado ao fim da corrida foi a frase de Briatore, que resume bem seu sentimento de alívio depois da primeira vitória do pupilo que ele se esforçou tanto para trazer de volta: “Finalmente, cazzo!”.
Alonso está de volta. É o sétimo vencedor do ano, ao lado de Massa, Raikkonen, Hamilton, Kovalainen, Kubica e Vettel. Belo campeonato, este.