LONDRINA (choveu, mas está sol) – Como em Fuji, pole de Hamilton em Xangai. Com Raikkonen em segundo, Massa em terceiro. Como em Fuji, Hamilton tem a chance de ganhar e abrir boa vantagem para o brasileiro, chegando a Interlagos como virtual campeão. Mas, como em Fuji, a Ferrari espera que ele faça das suas. Se largar bem, Lewis vence. Se largar mal, precisa ter paciência, o que não costuma ter. Está tudo meio aberto, enfim. “Meio”, não “totalmente”. Porque algo me diz, e é apenas intuição, que este GP chinês será mais, digamos, “normal” que as últimas corridas. E que o favoritismo da McLaren não será jogado no lixo por mais alguma besteira hamiltoniana.
O inglês dominou todos os treinos e tem um carro claramente superior ao da concorrência nesta prova. Kovalainen também vinha bem, mas não foi tanto assim na classificação, terminando em quinto. De qualquer forma, pode ajudar o parceiro. Felipe, em terceiro, surpreendeu menos pela posição, até normal; esquisito mesmo foi quanto Lewis abriu de diferença para ele no cronômetro, cerca de meio segundo por volta. Foi assim desde sexta-feira.
No mais, quase tudo normal na classificação chinesa. Exceção feita a Kubica, que não passou para o Q3, dando adeus às suas retóricas chances de título. Nelsinho empacou de novo no Q2 (em temporada de altos e baixos, parece ser fim de semana de baixos) e Barrichello, surpreendentemente, passou do Q1.
E as arquibancadas de Xangai, mais uma vez, estiveram vazias. Tanto que usaram 11 lances para anunciar a Expo 2010, com letras garrafais onde era para ter um monte de gente. Esse autódromo é um exagero só.