SÃO PAULO (vai longe) – Victor Martins acaba de conversar com Marcelo Duarte, dono da Panda Books, a editora do livro de Lemyr Martins que reproduz o tal diálogo entre Barrichello e a Ferrari na Áustria/2002, diálogo que coloca até a mãe no meio.
Destaco o seguinte trecho da entrevista:
“Mencionando o fórum que contém a conversa em inglês quatro dias depois da corrida da Áustria em 2002, Duarte disse que ‘se ficar comprovado que ele tirou da internet, a gente vai tomar alguma atitude, mas por enquanto… eu perguntei, ele confirmou’.”
Não duvido, mesmo, que Marcelo tome alguma atitude. Conheço-o há 20 anos (trabalhamos juntos em “Placar” e voltamos a trabalhar juntos há sete anos, quando fui para a rádio Bandeirantes, e agora também trabalhamos juntos na ESPN Brasil) e ele é um dos maiores jornalistas do país.
E por ser um dos maiores do país é que me espanta, como escrevi em post anterior, que tenha engolido essa história. Porque se fosse verdade que a mãe de Barrichello se encontrava em cativeiro durante o GP da Áustria, com os pulsos amarrados, sob o poder de mafiosos ferraristas, teríamos aí não apenas mais um episódio banal da turbulenta relação entre a equipe e Barrichello; seria, sim, o maior caso da história do esporte em todos os tempos. Já imaginaram? Uma equipe sequestra a mãe do piloto para obrigá-lo a dar passagem ao companheiro, e o piloto, a 300 km/h, ainda fala com a mãe pelo rádio!
É coisa demais para qualquer um acreditar. Que me desculpe o Marcelo. Nem se a fonte do Lemyr fosse o anjo Gabriel, ou o papa Bento 16.