Blog do Flavio Gomes
F-1

FUJIANAS (12)

SÃO PAULO (dormir, eu?) – Massa não tem muito do que se orgulhar nesse GP japonês. Exceto, talvez, pelas últimas voltas, quando foi buscar um pontinho. Que pode ser mais de um, caso punam Bourdais por aquele toque na saída dos boxes. O que, se acontecer, será igualmente ridículo. Ou pode ser menos de um, porque […]

SÃO PAULO (dormir, eu?) – Massa não tem muito do que se orgulhar nesse GP japonês. Exceto, talvez, pelas últimas voltas, quando foi buscar um pontinho. Que pode ser mais de um, caso punam Bourdais por aquele toque na saída dos boxes. O que, se acontecer, será igualmente ridículo. Ou pode ser menos de um, porque podem punir Felipe, também. Vai saber.

Mas, enfim, escrevo ainda sem saber se as bestas dos comissários vão punir mais alguém. Então, consideremos que Massa marcou um ponto e a diferença dele para Hamilton caiu para seis. Não acho que muda muita coisa, mas pode ser importante, claro. No ano passado, Raikkonen foi campeão por um ponto.

Felipe, insisto, não deveria ser punido pelo toque em Hamilton. Se eu acho que Hamilton não deveria ter sido punido na Bélgica, por que acharia diferente agora? Tem gente aqui que acha que sou antipatriota (tem hífen?), que torço contra os brasileiros, e que isso e que aquilo. Bem, se fosse assim, diria aqui que Massa foi sujo, sacana e sacripanta. Mas não é o caso. Nem sou antinada (tem hífen?), nem pró-coisa nenhuma, quando se trata de esporte. Apenas vejo, analiso com meus parcos recursos e emito uma opinião. Pronto.

Voltando, eu dizia que Felipe não tem muito do que se orgulhar, porque quando Hamilton despencou para último, saindo da corrida, era hora de ele partir para o ataque sem muita hesitação. Mas, ao longo da prova, empacou atrás de Bourdais e Button, dos que me lembro, perdendo muito tempo. A ponto de, num certo momento, ter Hamilton quase nos seus calcanhares — e o inglês tinha caído para último, lembrem-se.

Massa, quando anda na frente, de cara para o vento, como diz Galvão Bueno (será que ele abre a viseira?), vai muitíssimo bem. Atrás, quando precisa de alguma, digamos, criatividade, não avança muito. Foi o caso hoje. Parece que se rende ao tráfego. Como eu, quando estou na Doutor Arnaldo às seis da tarde. Também não passo ninguém.