RIO (fresquinho) – O Mario Fields mandou a foto e a mensagem. Explico depois:
Boa noite, Flavio. Estive na Coreia do Sul um tempo atrás e vi essa Kombi — parece food truck. O interessante é o tamanho dela. Parece uma Kombi, mas tem tamanho menor. Será que os seus leitores fazem ideia de onde ela era produzida? Ou será que foi feita em alguma oficina coreana?
Na verdade, isso aí é o fetiche dos orientais pelas Kombis de verdade. Muitos anos atrás postei algumas fotos aqui. No Japão e na Coreia, principalmente, eles pegam essas pequenas vans, minúsculas, e modificam a frente para homenagear a Kombi. Ficam simpáticas.
SÃO PAULO (que coisa) – Lembro de nos primórdios do blog postar algo sobre o que japoneses fanáticos por Kombis faziam — não sei se ainda fazem — por lá: transformar minivans em algo parecido com a Velha Senhora, uma verdadeira homenagem a uma lenda.
Bem, isso aqui é diferente — dica do Flavio Bragatto. Trata-se de uma empresa chamada Mitsuoka, que pega alguns carros japoneses e os transforma em, digamos, “clássicos” com características europeias. Um dos carros usados como base é o Nissan Micra, que vira um tal de Viewt — e lembra vagamente um Jaguar.
Japonês é bem louco, e leva a sério essas pataquadas.
O Augusto Aerofloth mandou a foto e a mensagem: “Mudei para Nagoya e vi esse carro aqui. Como estava bem conservado, resolvi enviar. Alguma ideia do que seja?”. Sim, é um Toyota Origin, lançado em 2000 com estilo retrô baseado nos primeiros Crown. Foram pouco mais de mil unidades fabricadas. Carro bem raro. E feio.
Algumas coisas, só mesmo no Japão. O Alexandre Neves mandou, e foi o Lucas di Grassi quem andou espalhando pelas redes sociais. Ele, aliás, larga na pole em Fuji com a Audi.
SÃO PAULO(mundo, mundo…) – A foto é de outubro de 1946. Em Tóquio, num Japão devastado pela Segunda Guerra, pessoas que perderam tudo transformaram ônibus estropiados em casas improvisadas. Sem condições de uso, eles eram levados a terrenos baldios que viravam pequenos bairros.
Esta é uma das imagens desta série impressionante indicada pelo Rodolfo Paleta — vale como “Dica do dia”, também. São fotos raríssimas do pós-guerra, com boas legendas e descrições detalhadas de situações e lugares onde foram tiradas. O que deve ter de material como esse perdido por aí… O bom é que quando aparece, pinga na rede. A rede serve para algumas coisas…
SÃO PAULO(comprem, amigos!) – Jamais saberemos (ou talvez saibamos, um dia) como essa Brasília chegou ao Japão. Mas está lá, à venda! Segundo o blogueiro Márcio, que mandou o link do anúncio nos comentários, o valor é de 53 mil reais. Ano: 1975.
O Ricardo Divila mandou o vídeo de apresentação da Super GT japonesa, o maior campeonato de Turismo do mundo. A história é bobinha e pueril (péssimos “atores”!), mas dá para ter uma ideia do tamanho desse campeonato — que tem João Paulo de Oliveira entre suas estrelas.
SÃO PAULO(por mais cem anos!) – Essa aqui é impagável… O Denisson de Angelis que mandou. Trata-se do Galvão do Japão. Depois de ouvi-lo, acho que temos de fazer uma campanha para que o nosso continue narrando corridas até o fim dos tempos. Vejam até o fim e, depois, escrevam para a Globo!
SÃO PAULO (vem surgindo) – Uma das companhias ferroviárias do Japão, a Kyushu Railway, apresentou na semana passada o Seven Stars, um trem de luxo para viagens turísticas que não são nada baratas: quatro dias (três noites) saem por US$ 5,7 mil por pessoa numa das cabines de seus sete vagões. Quem mandou a notícia foi meu amigo Rogério Gonçalves, que vende pentes e cortadores de unha na Central do Brasil.
Fotos incríveis de lugares abandonados por esse mundão afora. A dica é da majestade Mayra Siqueira. Escolhi uma foto a esmo, de um parque de diversões que, durante uns bons anos, foi a versão japonesa da Disneylândia.
Enviada pelo Paulo Costa. O jap tem um Porsche 962C e anda com ele na rua. Mas como vivemos num mundo politicamente correto, ele garante que nas filmagens nenhum excesso de velocidade foi cometido. E, também, que parou na vaga para deficientes com autorização, só para gravar o take. Isso tudo à parte, é um dos carros mais lindos de todos os tempos.
SÃO PAULO(só polir) – Recebi da Roberto Fróes, da minha turma de vemagueiros. No Japão, os caras inventaram uma tinta que tem esse efeito de cromeação. Coisa incrível. Depois dos “pretofoscos”, quem sabe não vem aí a era dos carros espelhados…
Recebi vídeo e fotos de um monte de gente e até agora não entendi o que esses barbeiros fizeram no Japão. Também não me importa muito. Mas se alguém souber, que conte.
SÃO PAULO(pelas teorias, matam o cara) – Algum tempo atrás, durante meses, dia sim, dia não, chegava um e-mail com o vídeo de um cara que conseguiu desenvolver um carro movido a água, que não polui e não gasta nada. Recebi tantas vezes que já nem sei mais se o cara era brasileiro ou indiano, se o carro era mesmo movido a água ou a vento.
Enfim.
Em boa parte desses e-mails, o remetente garantia que o inventor foi assassinado pelo cartel internacional do petróleo e da indústria automobilística. Se alguém achar o vídeo, coloque o link aí nos comentários para a gente se lembrar.
Ontem, conversando com uns amigos que foram ao Salão das Duas Rodas, um deles, o mais baixinho, me mostrou o folheto de uma versão chinesa descaradamente copiada do Segway, aquele patinete gigante genial que, isso fui em quem garantiu na conversa com os amigos, se tivesse sido inventado antes do automóvel seria o meio de transporte de todos os habitantes do planeta. É suficientemente rápido, seguro, pequeno, econômico, não causa acidentes, leva você de um lado para o outro. Mas inventaram os carros antes, e o Segway dançou. Não emplacou. Erro de planejamento claro do criador do planeta.
Hoje me mandaram esse vídeo aí em cima, de um empresário japonês que inventou uma pequena máquina que transforma plástico em petróleo. Se cada casa do mundo tivesse um aparelho desses e todas as casas tivessem tubulações que enviassem esse petróleo para os postos de gasolina, a gasolina seria de graça e a Terra estaria salva.
Provavelmente os mesmos cartéis que mataram o cara do carro movido a pensamento, ou a água, ou a vento, vão matar esse japonês aí.
SÃO PAULO (bom dia) – Stoner e Lorenzo confirmaram que MotoGP?r=td">não vão correr em Motegi no dia 2 de outubro. O circuito fica perto de área atingida por vazamentos radiativos, consequência do terremoto e dos tsunamis que atingiram o país alguns meses atrás.
Decisão corajosa. A Dorna ainda não confirmou oficialmente a realização da corrida.
SÃO PAULO (respeito e gratidão) – Bonito o vídeo com os pilotos mandando suas mensagens ao Japão. Em japonês. Foi gravado na sexta-feira em Melbourne. Dica do Lio de Campos.
Quando o Japão sair dessa, a gente abre uma Sapporo. O comercial, espetacular, também pode ser visto em HD aqui. Força aos nossos irmãos do outro lado do mundo. É tudo que se pode desejar nessa hora. Ainda mais depois de assistir a um vídeo como este aqui, a coisa mais assustadora que já vi na vida.
SÃO PAULO (stay strong) – O maior risco agora, no Japão, é de vazamentos nucleares. Em abril o acidente de Chernobyl faz 25 anos. A cidade foi evacuada, abandonada, é hoje uma enorme área fantasma. O Diego Veneziani descobriu estas fotos de David Schindler, feitas recentemente. Foi tudo deixado para trás.
No Japão, o preparo do país para desastres naturais evitou milhares de mortes. Ainda assim, a natureza deu mais uma mostra de como a civilização é frágil e vulnerável. É assustador o que tem acontecido no mundo nos últimos anos.
SÃO PAULO(longo, mas legal) – O vídeo enviado pelo Guzztavo Mello é longo, está dividido em sete partes (a partir desse aí em cima você chega nos demais), mas vale cada minuto. Porque é um Senna que pouca gente conhece. Divertido, embora tímido, fazendo um esforço danado para ficar à vontade com uma equipe de TV japonesa, uma espécie de TV Pirata, humoristas da época, que o levaram para uma provinha de kart na semana do GP do Japão.
O ano era 1993, e Ayrton já não defendia mais as cores da Honda. A McLaren estava de Ford. Mas Senna, depois que começou a trabalhar com os japs na Lotus, passou a ser um profundo admirador da cultura e do trabalho orientais. Acho difícil imaginá-lo fazendo coisa parecida com uma equipe de TV brasileira.
Notem, também, a ausência de assessores da McLaren, de gente policiando Ayrton. Ele tinha dessas coisas. Fazia, sem dar muitas satisfações a ninguém. Alguém poderá imaginar que o piloto cobrou para ficar algumas horas à disposição desses japoneses deliciosamente ingênuos em suas piadas, trejeitos e brincadeiras. Pode até ser, mas eu apostaria que não. Apostaria que foi uma promessa que fez um dia à emissora do Japão, que o seguia com devoção, e cumpriu. Senna talvez tenha sido o brasileiro mais japonês de todos os tempos.
Há cenas hilárias, como a do boné, acho que na segunda parte, Ayrton tentando imitar os gestos do repórter cômico, vestindo-se de samurai, fazendo graça com Mansell e Prost, e muito mais.
SÃO PAULO (a minha não sai) – As fotos não estão datadas, nem consegui identificar o porto. Mas o Alberto Polo Júnior, que mandou o link, tem a mesma impressão que eu: os europeus (ou americanos, ou japoneses) estão levando nossas Kombis.
Não há, que eu saiba, legislação que controle a saída de carros antigos do país. Alguma coisa que proteja o patrimônio automobilístico da mesma forma como são protegidos os papagaios, as araras e os micos-leões. Aliás, nem acho que deva haver, para ser sincero. Carros clássicos devem ficar com quem lhes dê atenção, aqui ou na China.
A gente apenas lamenta, mas não tem muito a fazer, não.
SÃO PAULO(vamos atrás) – Bem legal a ideia do Clube do Carro Antigo, que chegou a mim por e-mail do blogueiro Leandro Mattera. O pessoal quer fazer a 1ª Exposição de Antigos Japoneses no Brasil. Vai depender, claro, da quantidade de carros que vão aparecer. Não tem data nem local, ainda. Quem tiver informações sobre japoneses com mais de 30 anos de fabricação deve entrar em contato com a turma do site.
De fato, é bem difícil encontrar automóveis nipônicos antigos por nossas bandas. Motos, tem de monte. Mas carros, não. Se alguém achar um Subaru como esse da foto, por exemplo, tá valendo. Se quiserem mandar fotos ou dicas para cá, pode, também.
SÃO PAULO(haja borracha) – Curiosidade pneumática para a blogaiada. Esse lugar aí fica em Tóquio e pode ser chamado de “parque dos pneus”, ou algo do gênero. Aqui tem mais fotos. Quem mandou foi o Rogério Gonçalves, amigo meu que tem uma rede de loja de pneus e outra de borracharias.
Temos muitos blogueiros do Japão. Aliás, o Japão é o terceiro país em audiência aqui, perdendo do óbvio Brasil e dos EUA. Se algum blogueiro do lado de lá do mundo conhece o parquinho, que conte como é.
E a perguntinha que não cala: será que eles tiram a água parada por causa da dengue?
SÃO PAULO(tudo acabando) – Excelente o artigo que o Ricardo Divila mandou, do “NY Times”. Está aqui, para quem quiser ler o original em inglês. O autor é Nicolai Ouroussoff. Trata da possível demolição de um dos maiores símbolos do renascimento do Japão, de sua incrível transição de país rural para potência industrial e tecnológica no pós-Guerra: a Nakagin Capsule Tower, em Tóquio.
Acho que todo mundo já ouviu falar desse prédio, formado por 140 blocos de concreto, cápsulas, que representavam o que os japoneses achavam que poderiam ser as moradias do futuro. Ele foi inaugurado em 1972 e é uma criação de Kisho Kurokawa, que morreu há dois anos e foi um dos fundadores de um movimento chamado de “Japanese Metabolism”.
Esses blocos eram fabricados individualmente, com todos os acessórios (um painel com TV, fogão e toca-fitas de rolo de um lado; um banheirinho tipo de avião do outro; uma cama no meio), e “plugado” numa estrutura fixa que continha escadas, elevadores e instalações elétricas e hidráulicas. A Capsule Tower traduzia um mundo em constante mutação, permitindo que mais módulos fossem colocados a qualquer momento, e outros retirados, numa interessante visão futurista das grandes metrópoles.
Dois anos atrás, seus moradores votaram pela demolição do prédio e pela construção de algo mais moderno e espaçoso. Estão atrás de quem financie ambos. É um marco da arquitetura moderna, sem dúvida. Mas ninguém se interessa em restaurá-lo. O autor do artigo conta que está tudo caindo aos pedaços, com infiltrações, vazamentos, mau cheiro, estrutura de concreto comprometida.
SÃO PAULO (essa eu quero mesmo!) – Descoberta da Jackie Della Barba, presidente do TOMA! (Torcida Organizada do Meianov): no Japão, clientes da Volkswagen estão ganhando de presente da montadora essa torradeira em forma de Kombi. E quando sai a torrada, o emblema da VW é estampado no pão. Não é demais? E ainda da cor da minha Kombi!
Cacilda, onde vou arrumar um negócio desses? Até uma capinha de pano me deixaria feliz… Cadê as blogueiras talentosas e prendadas nessa hora, quando a gente mais precisa delas?
SÃO PAULO(Tyrrell ao contrário?) – A foto foi enviada pelo blogueiro-projetista Ricardo Divila, com a seguinte mensagem: “Visto no paddock de Fuji no último fim de semana”. Se alguém souber do que se trata a traquitana, manifeste-se.
Flavio Gomes é jornalista, dublê de piloto, escritor e professor de Jornalismo. Por atuar em jornais, revistas, rádio, TV e internet, se encaixa no perfil do que se convencionou chamar de multimídia. “Um multimídia de araque”, diz ele. “Porque no fundo eu faço a mesma coisa em todo lugar: falo e escrevo.” Sua carreira começou em 1982 no extinto jornal esportivo “Popular da Tarde”. Passou pela “Folha de S.Paulo”, revistas “Placar”, "Quatro Rodas Clássicos" e “ESPN”, rádios Cultura, USP, Jovem Pan, Bandeirantes, Eldorado-ESPN e Estadão ESPN — as duas últimas entre 2007 e 2012, quando a emissora foi extinta. Foi colunista e repórter do “Lance!” de 1997 a 2010. Sua agência Warm Up fez a cobertura do Mundial de F-1 para mais de 120 jornais entre 1995 e 2011. De 2005 a setembro de 2013 foi comentarista, apresentador e repórter da ESPN Brasil, apresentador e repórter da Rádio ESPN e da programação esportiva da rádio Capital AM de São Paulo. Em janeiro de 2014 passou a ser comentarista, repórter e apresentador dos canais Fox Sports no Brasil. Na internet, criou o site “Warm Up” em 1996, que passou a se chamar “Grande Prêmio” no final de 1999, quando iniciou parceria com o iG que terminou em 2012. Em março daquele ano, o site foi transferido para o portal MSN, da Microsoft, onde permaneceu até outubro de 2014. Na sequência, o "Grande Prêmio" passou a ser parceiro do UOL até maio de 2019, quando se uniu ao Terra. Em novembro de 2015, Gomes voltou ao rádio para apresentar o "Esporte de Primeira" na Transamérica, onde ficou até o início de março de 2016. Em 2005, publicou “O Boto do Reno” pela editora LetraDelta. No final do mesmo ano, colocou este blog no ar. Desde 1992, escreve o anuário "AutoMotor Esporte", editado pelo global Reginaldo Leme. Ganhou quatro vezes o Prêmio Aceesp nas categorias repórter e apresentador de rádio e melhor blog esportivo. Tem também um romance publicado, "Dois cigarros", pela Gulliver (2018). É torcedor da Portuguesa, daqueles de arquibancada, e quando fala de carros começa sempre por sua verdadeira paixão: os DKWs e Volkswagens de sua pequena coleção, além de outras coisinhas fabricadas no Leste Europeu. É com eles que roda pelas ruas de São Paulo e do Rio, para onde se mudou em junho de 2017. Nas pistas, pilotou de 2003 a 2008 o intrépido DKW #96, que tinha até fã-clube (o carro, não o piloto). Por fim, tem uma estranha obsessão por veículos soviéticos. “A Lada foi a melhor marca que já passou pelo Brasil”, garante. Por isso, trocou, nas pistas, o DKW por um Laika batizado pelos blogueiros de Meianov. O carrinho se aposentou temporariamente no início de 2015, dando o lugar a um moderníssimo Voyage 1989. Este, por sua vez, mudou de dono em 2019 para permitir a volta do Meianov à ativa.
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