Não consigo imaginar a Ferrari fora da F-1, nem a F-1 sem a Ferrari. Embora, nos dias de hoje, tenhamos o direito de imaginar qualquer coisa, e nem uma, nem outra me surpreenderia.
Conto a vocês o que escutei de um amigo esta tarde, que viveu boa parte dos últimos anos em contato com as entranhas de Maranello. Para ele, a Ferrari está flertando, sim, com uma possível saída, e por vários motivos. Porque a gastança é absurda, porque a Fiat está “quebrada” (palavras dele) e não vai ficar tapando buracos da montadora-chique, porque a crise fez com que as vendas de carros de luxo e superesportivos despencassem nos EUA (os efeitos serão revelados nos próximos balanços), não há mais fila para comprar uma Ferrari de rua, e, principalmente, porque o contrato com a Philip Morris, que banca boa parte da brincadeira, acaba em 2010.
O discurso é meio fatalista, sem dúvida, mas merece reflexão.