Blog do Flavio Gomes
#69

TUDO EM FOTOS

SÃO PAULO (agora vou) – Quem não pôde ir a Interlagos para ver a Superclassic e a estréia do Meianov no sábado, só precisa dar um pulinho no Velocidade Online, do nosso lambe-lambe predileto Rodrigo Ruiz. Está tudo lá, e nesse primeiro link tem o resultado da corrida, completinho, que vai do Gulla, vencedor, ao […]

SÃO PAULO (agora vou) – Quem não pôde ir a Interlagos para ver a Superclassic e a estréia do Meianov no sábado, só precisa dar um pulinho no Velocidade Online, do nosso lambe-lambe predileto Rodrigo Ruiz.

Está tudo lá, e nesse primeiro link tem o resultado da corrida, completinho, que vai do Gulla, vencedor, ao Henry, que quebrou logo no início — 33 carros no grid. Clicando aqui, você vai direto ao álbum de fotos.

Eu terminei em 22º e fiz minha melhor volta em 2min22s366. Quando tiver freios (vamos mexer em tudo até a próxima rodada dupla, nos dias 13 e 14 de dezembro), acho que esse tempo baixa para algo na casa dos 2min15s. Com carburação nova e outros acertinhos, o Meianov é carro para andar na casa de 2min10s na metade do ano que vem.

São todas imagens lindas e selecionei algumas para esta pequena chamada — o resto vocês vêem no site do RR. A primeira é do vencedor da prova, claro, o brother Gulla e sua Puma-Ferrari-que-anda-pacas, ele que se preocupa com esse carro como se fosse um filho. Fiquei muito feliz com sua vitória, o Gulla é um cara muito bacana, baita companheiro.

Outra é da muvuca nos boxes (coitados dos meus mecânicos!) em torno do paparicado Meianov, com lépi-tópi no capô, câmera digital, celular 3G espetado no tubo 2H, transmissão ao vivo e um verdadeiro séquito em volta e dentro do pachá soviético que deve estar achando tudo isso o máximo.

O que não foi o máximo foi o piloto do Passat #50, Felipe Castro, um garoto que correu conosco pela primeira vez. Ele aprontou demais na prova e fez coisas perigosíssimas, como mostra a sequência que começa aqui e se estende pelas 16 fotos seguintes. Castro escapou no S do Senna e voltou à pista de forma absolutamente irresponsável e insana, colocando em risco vários pilotos e, especialmente, ele mesmo. Notem que o Fiat amarelo só não o acertou no meio da porta por pura sorte e habilidade/experiência do Marcelo Giordano. O rapaz poderia ter morrido se levasse uma porrada ali, com o Marcelo acelerando na saída da segunda perna da curva, em descida.

Não o conheço e vou evitar fazer julgamentos precipitados, mas essa sua volta desembestada à pista não é coisa só de quem está começando agora. É molecagem inconsequente, manobra de quem acha tudo engraçadinho e, basicamente, não sabe dirigir. Não é preciso ser muito inteligente para saber que qualquer volta à pista só pode se dar quando os outros carros passarem. O que ele fez não tem cabimento, nem justificativa.

As fotos serão levadas à FASP nesta semana para que as autoridades esportivas tomem alguma medida. Os bandeirinhas deveriam ter relatado por rádio ao diretor de prova que o menino estava fazendo sandices desde o início da corrida, e ele deveria ter recebido bandeira preta porque oferecia enormes riscos aos demais competidores. Como isso não aconteceu, é absolutamente necessário que a FASP analise as fotos e decida o que fazer — suspendê-lo, chamá-lo para uma conversa, obrigá-lo a fazer um curso de reciclagem, qualquer coisa.

Não sei se Castro vai ler isso aqui, mas é algo que direi, de qualquer forma, quando o encontrar pessoalmente. Se quiser pilotar desse jeito, que vá procurar outra praia — e duvido que será aceito, depois que virem estas fotos do RR. Não é porque fez um cursinho, tem uma carteirinha e sabe passar as marchas que o cara pode se achar piloto. Corrida de carro não é brincadeira de parquinho de diversões. Pessoas se machucam e morrem. Colocar em risco a segurança dos outros é algo grave e muito sério. O que ele fez (e foi mais de uma vez durante a prova) é imperdoável. Não sei também se Castro pretende continuar correndo na Superclassic com seu Passat #50. Se pretender, terá antes de se explicar, assumir o compromisso de pilotar que nem gente da próxima vez, reconhecer que fez muita merda sábado e ter a humildade de pedir desculpas.

Se não fizer isso, não corre. Pode até ficar zangado e inconformado. Mas ele é novo, bem jovem mesmo, e daqui a alguns anos vai nos agradecer pelo tratamento duro que lhe será dispensado após sua estréia desastrosa. Porque se nós, os mais velhos, deixamos esse tipo de coisa passar em branco, o menino nem chega a “daqui a alguns anos”.