De manhã, 35 pilotos participaram da primeira classificação da Superclassic (que tem outro nome oficialmente, Veículos Históricos/Copa Fusca). A pista estava úmida. Deu para fazer tempo nas primeiras voltas e bem no finalzinho, porque no meio choveu.
A pole ficou com o Neto Carloni (Puma), 2min03s242. Fez o tempo na primeira volta. Depois ele virou em 2min17s e 2min28s, para se ter uma idéia de como a chuva, mesmo fraca, muda completamente a história em Interlagos.
O Meianov andou ontem, poucas voltas, com o Luiz “Nenê” Finotti e comigo, de tarde. Estava seco. O Nenê virou 2min17s98. Passou a ser minha referência de tempo, porque ele acha que menos que isso, por enquanto, não vem. Eu virei 2min24s. Péssimo, pior do que na última corrida, quando estava sem freios. Mas tive meus motivos.
Hoje, minha meta era baixar de 2min20s, que era o objetivo inicial para este começo de vida do Meianov. De manhã, acabei fazendo 2min25s514, na chuva. Completei nove voltas, começando com 2min29s303 (fui um dos últimos a entrar na pista e já peguei o asfalto molhando), baixei para 2min26s717, 2min26s422 e aí a água apertou e os tempos subiram: 2min31s668, 2min35s408, a chuva foi parando, e fiz 2min31s801, 2min27s720, 2min25s514 e 2min27s579.
Não foi mau, mas também não foi nada de espetacular. De interessante, o fato de que andei perto de carros bem mais rápidos, como o Fiat do Marcelo (2min23s411), o Puma do Luis Masini (2min25s491) e de alguns Fuscas e Chevettes. Posição de largada: 29º.
De tarde, a pista secou e estava boa. A pole foi do Ricardo Malanga, 1min59s965. De manhã, no molhado, ele tinha virado 2min07s856. Por aí se tem uma noção daquilo que disse antes, quanto muda a condição da pista em Interlagos, mesmo se for apenas por conta de uma garoa (Timo Glock que o diga).
No seco, completei seis voltas. Comecei com 2min23s933, depois 2min23s964, 2min20s042 (meu tempo de classificação), 2min21s078, 2min20s143 e, por fim, 2min29s847, quando o álcool começou a acabar e o motor passou a falhar nas descidas, porque o pescador já nada mais pescava de combustível.
No meu “hot lap”, o cronômetro dentro do carro, essa minha melhor volta ficou registrada em 2min19s9. Dá uma diferença de 2s para o tempo que o Nenê virou na quinta, o que é bom — afinal, a distância entre ele e eu é mais ou menos a mesma que existe entre o Schumacher e o Alex Yoong.
Eu tinha prometido pagar o almoço, quibes e esfihas, para toda a equipe se baixasse de 2min20s. Na cronometragem oficial veio 2min20s042, mas como no “hot lap” apareceu o fatídico 2min19s9, me lasquei e tive de pagar os quibes e as esfihas. E nem comi, porque tive de vir trabalhar.
Primeiro objetivo para o Meianov, portanto, alcançado. Eu queria virar na casa de 2min20s neste ano, para chegar na metade do ano que vem entre 2min12s e 2min15s. Mas, no fundo, esperava um pouco mais hoje, porque sem freios consegui 2min21s na preliminar das Mil Milhas e achava que com o carro freando direitinho, daria para entrar na casa de 2min15s-2min17s. Não deu. Mas vai dar, com mais alguns acertinhos.
Pesamos o Meianov, e ele ainda está meio gordinho. O peso mínimo para a Divisão 2, na qual ele se encaixou, é de 750 kg, com piloto. O carro, sozinho, está pesando 816 kg. Comigo dentro, de macacão e capacete, vai para 886 kg. Estou correndo 136 kg acima do peso mínimo, e dá para tirar se a gente fizer algumas coisas de fibra para o ano que vem, como capô e tampa do porta-malas.
Mas isso fica para o ano que vem.
No grid da segunda prova, largo em 31º. Foram 34 os que treinaram. Mas deveremos ter uns 38-40 carros nas duas corridas, porque alguns não puderam treinar.
Espero todos em Interlagos amanhã. A largada acontece às 11h. Agora vou para a TV. O blog hoje vai ficar assim, mais magrinho do que de costume.