Blog do Flavio Gomes
F-1

SEM BR

SÃO PAULO (acho que já usei esse título, mas ele é ótimo!) – Ninguém tem falado muito no assunto, mas acho que merece os comentários da blogaiada. Por conta da desistência da Honda de correr na F-1, a Petrobras sai junto na categoria, depois de 11 anos com a Williams. Não, não é novidade. Estava […]

SÃO PAULO (acho que já usei esse título, mas ele é ótimo!) – Ninguém tem falado muito no assunto, mas acho que merece os comentários da blogaiada. Por conta da desistência da Honda de correr na F-1, a Petrobras sai junto na categoria, depois de 11 anos com a Williams. Não, não é novidade. Estava na cara, porque afinal o contrato novo era com uma montadora que pulou fora, e não com uma equipe cujo formato ninguém sabe ao certo qual será.

Não faria sentido para a Petrobras permanecer na categoria apenas como patrocinadora, para estampar sua marca num mercado que ela não atinge globalmente. O projeto da estatal na F-1, e isso posso falar sem medo de errar porque conheço toda essa turma, tinha como objetivo principal o desenvolvimento de combustíveis e lubrificantes — mais até do que fazer publicidade.

Foram 11 temporadas de enormes progressos, a ponto de outras equipes terem se interessado pelos produtos nacionais nesse tempo todo. Com uma equipe enxuta e muito competente, liderada pelo engenheiro Rogério Gonçalves na parte técnica e Cláudio Thompson no marketing, a Petrobras se igualou a concorrentes de peso como Elf, Mobil e Shell num ambiente ultracompetitivo, e foi aprovada com louvor.

É possível que da lista de despesas da Honda com o fechamento de sua equipe faça parte uma gorda indenização à empresa brasileira. Afinal, um contrato foi rompido unilateralmente, e a Petrobras tinha planos para o time e verba comprometida com pessoal e pesquisa. Seria bom que viesse a público para esclarecer o desfecho desse episódio em termos financeiros, inclusive.