Blog do Flavio Gomes
F-1

AOS PACHECOS*

SÃO PAULO (sinceridade) – Vamos lá, assuma sua condição de Pacheco da F-1 e responda: você está mais ansioso para ver Felipe Massa disputando o título ou para saber como vai se sair Rubens Barrichello nesta temporada? Acho que posso adivinhar a resposta da maioria, e se for a que estou pensando, levar-me-á à conclusão de […]

SÃO PAULO (sinceridade) – Vamos lá, assuma sua condição de Pacheco da F-1 e responda: você está mais ansioso para ver Felipe Massa disputando o título ou para saber como vai se sair Rubens Barrichello nesta temporada?

Acho que posso adivinhar a resposta da maioria, e se for a que estou pensando, levar-me-á à conclusão de que a maior façanha de Rubens nestas últimas semanas não foi nem fazer o carro da Brawn andar bem. Foi, sim, a proeza de voltar ao noticiário com mais força do que Felipe, o eleito global — basta prestar atenção nas chamadas da programação televisiva, que precisam ser atualizadas rapidinho.

Rubens nunca foi encarado com tanto respeito quanto agora pelo público brasileiro. Nem na época da Ferrari. Aliás, principalmente na época da Ferrari…

Não sei se o mesmo está acontecendo com Button na Inglaterra. Essa Brawn GP é, realmente, a versão automobilística para “A Volta dos Mortos-Vivos”.

E estão todos vivíssimos, diga-se.

* “Pachecos” são aqueles seres insuportáveis que só torcem para os brasileiros no esporte e na entrega do Oscar, choram ao ouvir o Hino Nacional em qualquer competição, debulham-se em lágrimas e soluços ao ver um atleta de verde e amarelo ganhando uma medalha nos “Jogos Mundiais de Verão” e têm em seu celular o toque musical “Sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor”. O termo tem origem em personagem criado pela Gillette para uma campanha publicitária não sei para qual Copa do Mundo, um mala que ficava torcendo para a seleção pela TV. Seu nome era Pacheco, o Camisa 12.