Desconfio que se dissesse no rádio que não, em tom firme e decidido, o time não iria contrariá-lo. Até porque seus chefes não têm lá essa moral toda para impor o que for, depois de uma temporada cheia de erros, como a passada, e de um início de ano tão desastroso.
Na Brawn aconteceu algo parecido, Barrichello queria intermediários, o time optou pelos de chuva forte. E assim foi. Com Button, idem — mas não sei se o inglês chegou a discutir a questão, como Rubens.
Ocorre que a pilotaiada segue cegamente o que dizem seus engenheiros, talvez para tirar o capacete da reta. Há alguns que não, batem o pé, fazem valer sua vontade. Mas são cada vez mais raros.
Quanto a Schumacher, sinceramente não sei o que ele tem a fazer ainda na equipe italiana. Se fosse eu, já teria tirado o time de campo. Seus amigos mais próximos, Brawn e Todt, já se mandaram. Ele é um corpo estranho nessa nova e confusa Ferrari. Eu escrevi, durante o fim de semana de Melbourne, que Michael me dava a impressão de que sairia de fininho. Não saiu, e apareceu em Sepang.
Duvido que seja visto na China, na próxima corrida.