Mas sobrevivemos, e o Meianov foi bem neste sabadão. Na classificação, virei uma volta em 2min17s895 (média de 112,494, para alguém aí que perguntou), um pouquinho acima do recorde do carro, que é de 2min17s502, em dezembro do ano passado. Como voltamos ao carburador original usado no Laika, é um progresso. Estávamos usando um carburador de Opala, mas isso me colocava na Divisão 2, junto dos Pumas, muito mais leves e com motores 1.600 cc a ar superdesenvolvidos.
Na Divisão 1, para carros originais, tenho mais chances de pódio. E aos poucos vamos melhorando outras coisinhas para chegar, até o meio do ano, na casa de 2min15s, que é o plano inicial — planejamos tudo, estão pensando o quê?
Bom, guiando, uai. Para tudo tem um jeito. Treinei na sexta tentando encontrar uma forma de dirigir segurando a alavanca de câmbio nas escapadas, mas foi meio complicado no Laranjinha, curva que faço em quarta. Com uma mão só é dose. Tentei fazer em quinta, não dava, perdia muita força. Em terceira, parecia que o motor ia sair pelo capô. Mas fui tentando, tirando o pé antes, bem antes, reduzindo numa velocidade menor, fazendo a subida com mais força e sem esgoelar demais em terceira. Funcionou mais ou menos, mas era a única forma, porque entrar no Laranjinha em quarta, dar uma tiradinha de pé e o carro entrar em ponto morto era que não dava. Precisamos refazer os coxins do motor, porque em quarta ele se move quando tira o pé e escapa a marcha. É um dispositivo soviético de segurança, usado pela KGB para perseguir espiões americanos, que não se aplica às pistas.
Houve um acidente com o Malanga na nona volta e entrou o safety-car, juntando o grid. O Transformer ficou bem estragado e fotos podem ser vistas aqui, na página do Rodrigo Ruiz. Não encontrei com ele depois da corrida, mas perguntei aqui e ali e parece que estava tudo bem, não se machucou, felizmente. A briga do Malanga era com o Gulla, de Puma “Favelado” vermelho, e talvez ele tenha ficado sem freios, não sei. Bateu na entrada do S do Senna.
Quando houve a relargada, passei uns caras e colei no Chevette do André e em alguns Fuscas, não sei bem quais, porque na pista eu sou meio esquisito, nunca registro direito os números e nomes dos pilotos dos Fuscas, eles andam sempre em bando, é um terror!
Falando em patrocínio, arrumei mais um além da Pirelli, Corsa, ProSpeed e ToGroundControl. É o Grupo Uzêda, que será responsável pelo transporte do automóvel a Interlagos e de volta para a oficina em todas as minhas corridas até 2029. Foi um acordo de curto prazo, para medir o retorno. Se for bom, a gente renova por mais 20 anos.