Foi a quarta etapa da Classic Cup e largaram 29 carros. Acho que, aos poucos, a gente vai caminhar para os quase 40 de anos anteriores. E ainda teremos novidades neste ano. O Alfredo Gehre está montando a Classic Cup Light, para carros com menos preparação e maior grau de originalidade, e vai sair. As provas serão um pouco mais curtas e as inscrições, bem mais baratas. Baita esforço do Alfredo que em breve veremos em Interlagos. Darei detalhes nos próximos dias.
“Meianovemente” falando, as coisas começaram bem já na sexta-feira porque a câmera on-board que comprei pela internet (sugestão de um blogueiro, mas não lembro o nome, sorry) funciona que é uma beleza. Vocês precisam ver a qualidade das imagens! Acho que no começo da semana o departamento de vídeos do blog já terá condições de colocar uma pequena edição no VocêTube. Está prometido. Finalmente a blogaiada vai andar de carona no Meianov.
Depois de quatro voltas, vi a placa e parei. Tinha virado 2min16s753, na média de 113,434 km/h. Nada mau, ainda mais que a pista estava meio úmida do sereno da madrugada. Gostei. E as imagens on-board, novamente, ficaram ótimas.
O tempo me deixou em 24º no grid. Na minha divisão, a D1B, quarto entre quatro. Os três primeiros eram Passats: Rogério Tranjan em 12º (Trovão Azul #44, 2min09s160), Rafael Gimenez em 13º (#13, 2min09s559) e Carlos Braz em 22º (#21, 2min13s852). Na pole, a volta gloriosa do nosso Doutor Evaldo Luque, com a BMW motor AP, enquanto a outra não fica pronta. Cravou 2min02s384, a 126,752 km/h.
O dia foi de um sol gostoso, sem calor, temperatura ótima para ficar dentro de um carro. A largada, lançada, só foi dada depois de duas voltas de apresentação. E, para o Meianov, a corrida durou três voltas. Eu terminei, mas depois da terceira volta fiquei andando sozinho, o que é muito chato. As três primeiras voltas, no entanto, compensaram. Eu consegui passar o Fusca do Du Lauand na largada e, na chegada do S do Senna, vi que tinha um certo melê à frente. O Puma do Alfonso Abrami estava atravessado na entrada do Sol e, milagrosamente (vocês verão no vídeo), ninguém bateu nele. Eu passei bem perto.
Nessas, sofri o primeiro ataque dos besouros. À direita, o Fusca do Du Lauand. À esquerda, o do José Azevedo. Eu no meio. Fechei o olho e acelerei. Foi legal, cheguei no Lago na frente de ambos. Meu carro está legal de reta, de motor e de câmbio. Mas o chão… Se no começo saía muito de frente, agora é a traseira que está indomável. Em algumas curvas, eu simplesmente nem posso acelerar. E no Laranjinha dei uma espalhada e os Fuscas me passaram de novo.
Aí tive uma briguinha bem tanquila com o Marcelo Giordano, que teve problemas elétricos na classificação e largou atrás de mim, até que ele me passou na Reta Oposta. E aí, a turminha que vira de 3 a 5 segundos mais rápido que o Meianov, com quem dá para brincar na largada e nas primeiras voltas, encontrou seu ritmo e foi abrindo. Fiz as outras dez voltas sozinho, depois de marcar a minha melhor na terceira, 2min16s606.
A partir daí, os tempos de volta foram subindo e pelo que percebi ao ver a classificação final, a corrida teve poucos pegas. O melhor deles foi entre o Luque e o Sebastião Gulla, pela vitória na geral. Andaram juntos o tempo todo. Gulla ganhou de novo, sensacional. Ganhou todas neste ano, se não me equivoco. Luque terminou em segundo. Os carros ficaram muito espalhados pela pista. Até mesmo a briga que eu imaginava entre os dois Passats da minha categoria só aconteceu na última volta, quando o Gimenez foi ficando sem álcool e na última curva, à Hamilton, o Tranjan passou e venceu. Nossa equipe, a LF, ganhou em três categorias, porque o Giordano acabou levando também na D2B.
De positivo para o Meianov, portanto, foi entrar na casa de 2min16s. Nosso projeto era chegar a 2min15s na metade do campeonato, e acho que vamos chegar. Mas não vai adiantar muito. Para andar no bolinho intermediário, é preciso buscar 2min10s. Vai ser duro. Muito duro. Agora vamos mexer nessa traseira que destraciona demais e me dá nos nervos em algumas curvas.
De ruim, a corrida aborrecida para os que andaram solitários neste sábado luminoso de outono. Depois, de tarde, com o Rali de Regularidade, a dobradinha do Eric e do Salomão e o resto, foi tudo muito bom.