Blog do Flavio Gomes
F-1

SENNA, 15

SÃO PAULO (nem tudo foram flores) – Mônaco, 1988. Senna ganhava a corrida com um ano de vantagem sobre Prost. Bateu na entrada do túnel, ficou puto e foi a pé para casa. Dizem que só apareceu na McLaren na semana seguinte. Não fui a essa corrida. Mas estava no fechamento do jornal, trabalhava na […]

SÃO PAULO (nem tudo foram flores) – Mônaco, 1988. Senna ganhava a corrida com um ano de vantagem sobre Prost. Bateu na entrada do túnel, ficou puto e foi a pé para casa. Dizem que só apareceu na McLaren na semana seguinte. Não fui a essa corrida. Mas estava no fechamento do jornal, trabalhava na “Folha”. Meu editor na época, Nílson Camargo (hoje diretor de redação do jornal “Agora”), resolveu manchetar: “O barbeiro de Mônaco”.

Ayrton não dava muita bola para os jornais, ou pelo menos se esforçava para não demonstrar, embora lesse tudo, porque sua assessoria de imprensa fazia um “clipping” diário para ele. E quando leu a manchete, ficou puto de novo.

Não foi seu primeiro erro, nem o último em corridas que pareciam ganhas. Em 1988 ainda, deixou de vencer em Monza ao bater, no fim, num retardatário, Jean-Louis Schlesser. Não fosse essa derrota, a McLaren teria vencido todas as etapas daquela temporada. Em 1990, em Interlagos, acertou Satoru Nakajima no Bico de Pato.