SÃO PAULO (tudo muito esquisito) – Bom, depois do susto com Massa, o grid é o que menos importa. O acidente foi estranho e infeliz demais. Deu para ver que Felipe perdeu a consciência quando a peça do carro de Barrichello acertou sua cabeça. Ele vai reto e o gráfico de telemetria da TV mostra que acelerou e freou ao mesmo tempo. O curso dos pedais é muito curto. O peso dos pés é suficiente para acelerar. Massa não teve reação, não tirou as mãos do volante.
Foi uma agonia danada até Barrichello dar a notícia à repórter Mariana Becker que Felipe estava consciente e acordado. Ótimo. Todos pensamos o pior, depois do acidente com Henry Surtees e 15 anos depois da morte de Senna. No automobilismo, um esporte fatalista, sempre se pensa o pior.
No mais, linda e inesperada pole de Alonso, apesar de ser claro que o carro melhorou já na Alemanha. A Brawn, com calor e tudo, não andou nada. A Red Bull deve ganhar a corrida. Tem seus dois pilotos na frente no grid, e devem estar mais pesados. Hamilton foi uma surpresa, em quarto.
No Q1, a tragédia da BMW Sauber, como de costume neste ano, e o fraldinha Alguersuari em último, como era de se esperar. No Q2, bela performance de Buemi e Nelsinho assinando de vez a demissão, suspeito.
Mas, de verdade, isso tudo é detalhe. Até a pane na cronometragem. Este sábado foi assustador além da conta.