Blog do Flavio Gomes
F-1

MAGIARES (6)

SÃO PAULO (quanta besteira) – Bom dia, macacada. Sorry pelo sumiço. Foi um dia tenso, ontem, e intenso. Corrida aqui, na chuva, o acidente de Felipe, depois ainda rolou um Canindé básico, e quando vi o dia tinha acabado. Mas vamos lá. Massa. Passou a noite em coma induzido. Isso se faz em casos de […]

SÃO PAULO (quanta besteira) – Bom dia, macacada. Sorry pelo sumiço. Foi um dia tenso, ontem, e intenso. Corrida aqui, na chuva, o acidente de Felipe, depois ainda rolou um Canindé básico, e quando vi o dia tinha acabado. Mas vamos lá.

Massa. Passou a noite em coma induzido. Isso se faz em casos de lesões na cabeça, para reduzir a atividade cerebral. Felipe está no hospital AEK, militar, em Budapeste. Ele vai sair dessa. Prazo de recuperação longo, mais de um mês, certamente. O que não tem a menor importância. Importante é se recuperar, leve o tempo que levar.

Houve muito blablablá ontem porque o Grande Prêmio, meu site, manchetou que Felipe corria risco de morte e que seu estado é grave. Sem me estender muito, porque isso também não importa — repito, importante é que Massa se recupere plenamente e, por outro lado, discutir causas e efeito do acidente —, queriam o quê? O cara leva uma mola de 1 kg na cabeça a 200 km/h, impacto calculado em mais de 2.000 kg, desmaia e bate acelerando, tem lesão cerebral, fratura um osso acima do olho, passa por uma cirurgia, é colocado em coma induzido, e acham que o estado dele é qual? Se isso não é grave, é o quê?

Claro que todos querem notícias tranquilizadoras, mas não é função do jornalista tranquilizar ninguém. Apenas noticiar fatos. Se o médico que o atendeu disse ontem (e repetiu hoje…) que Felipe corre risco de morte, quem somos nós para dizer o contrário? Não há sensacionalismo nenhum nisso. DIzer que seu estado é grave não tem nada de grave. Grave é ficar fazendo melodrama com a família, mostrar gente chorando, “matar” o cara com clima de velório e ar contrito na TV. Essas papagaiadas não nos pegam, sorry. Muito menos fazer a linha “fiquem-calmos-que-está-tudo-bem-estamos-rezando-para…”.