Blog do Flavio Gomes
F-1

DARK SIDE (8)

SÃO PAULO (sem mais para o momento) – A vitória de Hamilton foi bola facilmente cantada desde a pole, ontem, e a divulgação do peso de seu carro. Ele não iria parar antes que seus mais diretos perseguidores, portanto era só largar bem e correr para o abraço. Teve um único momento de tensão, na […]

SÃO PAULO (sem mais para o momento) – A vitória de Hamilton foi bola facilmente cantada desde a pole, ontem, e a divulgação do peso de seu carro. Ele não iria parar antes que seus mais diretos perseguidores, portanto era só largar bem e correr para o abraço. Teve um único momento de tensão, na metade da prova, quando Vettel chegou e apertou. Mas aí o alemão perdeu o espelho, foi punido por excesso de velocidade nos pits e as coisas ficaram muito simples para Lewis. Chega a 11 vitórias na carreira, duas no ano, faz um campeonato decente, depois do começo tumultuado. Resultado merecidíssimo.

Glock, o segundo colocado, também merece uma menção honrosa. Não cometeu erros, largou bem, esteve sempre à frente de Alonso e os infortúnios de Vettel o levaram a repetir sua melhor colocação na F-1. É um piloto sem brilho, mas que não tem nada de bobo. Não tem mais bobo na F-1, diria Galvão Bueno.

Galvão que, junto com Burti e Leme, ao longo da transmissão da Globo, nada mais fez do que ficar dizendo que qualquer coisa que acontecesse na face da Terra durante as quase duas horas do GP era “bom pro Barrichello”. Irritante. Parecia que não havia mais nada na pista. E, no fim, nada era “bom pro Barrichello”. Porque era evidente que a marcação de Button era boa para ele, Button, com a estratégia que adotou. Uma hora ia passar, como passou. Era tudo tão “bom pro Barrichello” que nem notaram que seu motor morreu no segundo pit stop. O que não foi nada bom pro Barrichello.

Mas voltemos ao resto. Alonso, mais uma vez, tirou leite de pedra. Parece que dedicou o pódio a Briatore. Perdeu ótima chance de ficar calado. Vettel, aos trancos e barrancos, terminou em quarto. Agora, só ele, com 59 pontos, ao lado da dupla da Brawn, tem chances matemáticas de título. Jenson tem 84, com 69 para Rubens. Webber, que deixou de ser regular como no início do ano, deu adeus a qualquer possibilidade.

O safety-car, desta vez, não teve influência decisiva na prova, como no ano passado. Apenas antecipou a parada da turma que tinha previsto um primeiro stint bem longo. A causa: uma barbeiragem de Sutil, que rodou ao tentar passar um Toro Rosso (Buemi, acho), e na volta acertou Heidfeld. O alemão teve quebrada uma incrível sequência de 41 provas terminadas, desde o GP dos EUA de 2007. Disse que a BMW Sauber não vai protestar, mas tentará “achar um cérebro” para Sutil. Ira desnecessária. O piloto da Force India se desculpou.

O azarado do dia foi Rosberguinho. Tinha carro e ritmo para chegar no pódio, mas barbeirou na saída dos boxes, foi punido e nem pontuou. Por fim, a Ferrari. Uma de suas piores apresentações no ano, com Raikkonen em décimo e Fisichella em 13º. Vexame total.

Semana que vem tem mais, em Suzuka. Ótimo, porque a pistinha de Fuji não se compara à velha pista da Honda, agora modernizada e pronta para receber o GP do Japão por mais 200 anos.

E me voy.